A agência de energia atômica das Nações Unidas planeja treinar dezenas de participantes este mês, principalmente da América Latina e do Caribe, para utilizar técnicas derivadas da energia nuclear com o objetivo de detectar o vírus zika em três horas.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse que “a detecção precoce, rápida e acurada” é crucial para administrar os surtos de zika, que têm sido associados à microcefalia em bebês e a desordens neurológicas em adultos.
“O treinamento inclui simulações práticas e epidemiológicas, e ajudará a preparar laboratórios nacionais para rapidamente diferenciar o zika de outros vírus similares, como dengue e chikungunya”, disse o vice-diretor-geral da AIEA para Ciências Nucleares e Aplicações, Aldo Malavasi.
O treinamento, que incluirá mais de 36 participantes de 26 países, ocorrerá nos laboratórios da AIEA em Seibersdorf, Áustria. Os participantes vêm de laboratórios afiliados a autoridades de saúde nacionais, e a expectativa é que compartilhem o conhecimento que adquirirem em seus países de origem.
Eles aprenderão a usar a técnica de reação em cadeia da polimerase da transcrição reversa e a aplicar os procedimentos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos para a detecção do zika.