Em virtude das chuvas registradas nesses últimos dias, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) reforça os cuidados para que se evitem doenças que podem ser transmitidas pela água acumulada após as inundações. A população deve redobrar a atenção com a higiene nessas situações, que podem causar leptospirose, diarreias, hepatite A e doenças transmitidas por alimentos. O Centro Estadual de Vigilância em Saúde aponta algumas medidas que podem diminuir os riscos da exposição a essas doenças.
Limpeza e higienização
No retorno às casas, não entrar em contato com a lama. Para sua remoção, proteger-se com botas e luvas ou sacos plásticos duplos amarrados nos pés e mãos. Em seguida, é preciso desinfetar os locais inundados com uma solução de 400 ml água sanitária (duas xícaras médias) para um balde de 20 litros de água. Caso os reservatórios de água tenham inundados, devem ser providenciadas a sua limpeza e desinfecção.
Alimentos
Os alimentos que entraram em contato com a água da inundação devem ser descartados, com exceção de alimentos industrializados e embalados em vidro, lata, a vácuo ou em caixa tipo “longa vida”, que se encontram fechados e sem sinais de alteração. Esses devem ter suas embalagens higienizadas com solução de água sanitária e água na proporção de uma colher de sopa de água sanitária para cada litro de água.
Nos casos dos locais que passaram muito tempo sem energia elétrica, também é recomendado cuidados com os alimentos guardados em geladeira e congelador. A geladeira conserva frios os alimentos por até quatro horas se for mantida fechada durante todo o tempo. Um freezer poderá conservar a temperatura por aproximadamente 24 horas se a porta se mantiver fechada.
Se algum alimento esteve por mais de duas horas exposto à temperatura acima de 5°C, este deve ser jogado fora. Alimentos perecíveis como carne, frango, peixes, frutos do mar, leite e ovos que não se mantêm adequadamente refrigerados ou congelados podem causar febre, diarreia e vômito se forem consumidos, mesmo que bem cozidos.
Leptospirose
A leptospirose é uma doença infecciosa febril transmitida pelo contato com a urina de animais infectados, principalmente roedores, pela bactéria leptospira. A doença pode levar até 30 dias para se desenvolver, mas, geralmente, os sintomas começam entre o sétimo e o décimo quarto dia após a exposição.
Quem teve contato com água potencialmente contaminada e apresentar febre; dor de cabeça; dor no corpo (principalmente nas panturrilhas); vômitos ou pele amarelada (em casos mais graves), deve procurar um serviço de saúde. O tratamento deve ser iniciado, preferencialmente, até o quinto dia após a apresentação dos primeiros sintomas. É importante relatar ao médico se entrou em contato com roedores, água e lama de inundações. Somente o médico é capaz de diagnosticar e tratar a doença.
Caso apareçam sintomas tais como náusea; vômito; cólica abdominal; diarreias e/ou febre; pode estar ocorrendo uma doença de transmissão alimentar, sendo necessário procurar atendimento médico.
Animais peçonhentos
Prestar atenção ainda com animais peçonhentos, que, nessas situações, procuram abrigo nas casas. Serpentes, aranhas ou escorpiões podem estar em qualquer parte da casa, principalmente em lugares escuros. Em caso de encontrar algum desses dentro da residência, afaste-se lentamente e chame os bombeiros.
A secretaria da saúde também disponibiliza mais informações sobre ações para municípios atingidos por enchentes, como plano de contingência, cartilhas, guias e notas técnicas
em seu site.