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Durante a Assembleia da Associação Médica Mundial (WMA), realizada na última sexta-feira, dia 14, em Montevidéu, Uruguai, o presidente da AMB, José Luiz Gomes do Amaral, foi empossado para presidir a entidade internacional para a gestão 2011/2012. Amaral havia sido eleito por aclamação para o cargo em outubro do ano passado, no Canadá, durante a Assembleia de Vancouver. Esta é a terceira vez que um brasileiro assume o cargo máximo na entidade. O cirurgião e ortopedista catarinense Antônio Moniz de Aragão presidiu a WMA em 1961 e o dermatologista paulista Pedro Kassab em 1976. José Luiz Gomes do Amaral representa o Brasil integrando o Conselho da WMA desde 2005 e, há três anos, preside o Comitê de Assuntos Médicos Sociais (SMAC). Ele foi responsável por trazer ao Brasil relevantes discussões sobre pesquisas clínicas, como a revisão da Declaração de Helsinki (agosto de 2008), o uso de placebo em pesquisa médica associada ao tratamento (janeiro de 2010), e o Seminário Internacional de Resiliência Médica (agosto de 2010). Com a realização da Conferência Doutores do Ambiente, em novembro de 2009, ajudou a disseminar a Declaração de Delhi sobre saúde e mudança climática. Na época, Dana Hanson, presidente da WMA, compareceu ao evento realizando a palestra de abertura. Yoram Blachar, presidente da WMA em 2008, também visitou o Brasil naquele ano, na abertura da versão brasileira do Curso de Formação de Lideranças Médicas, adaptação de uma iniciativa da WMA. Durante seu discurso, Amaral falou sobre o enorme desafio que é presidir a WMA, entidade que congrega representantes de todos os continentes. “Do presidente da WMA, espera-se que seja porta-voz da opinião de mais de 9 milhões de médicos, reunidos nas 97 associações médicas nacionais que integram esta instituição. Sinto-me profundamente honrado. Grato por terem-me concedido tal privilégio e comprometido com a imensa responsabilidade que esta posição encerra; desafio formidável em qualquer circunstância e ainda maior nos dias de hoje”. Ele destacou também a importância da atuação dos médicos na atenção à saúde da população mundial. “É hora de decidirmos se queremos protagonizar a atenção à saúde, ou se nos compraz o papel de expectadores distantes. Não há espaço, nem tempo para indefinição. Não cabemos figurantes em uma peça onde o público nos espera protagonistas. É hora de liderarmos o processo de atenção à saúde. Fomos preparados para tanto. Foi nos dado o privilégio e a responsabilidade de cuidar da vida e da saúde das pessoas. Este é nosso dever e a sociedade espera que nos comportemos a altura de suas expectativas”, finalizou. WMA Em nome dos médicos brasileiros, a AMB ingressou na WMA em janeiro de 1951. Desde então, faz parte do Conselho desta Associação que, atualmente, é composto por 23 membros, representado a América do Norte, Europa, África, Ásia e América Latina. A WMA conduz os seus trabalhos em três comitês permanentes: Ética Médica; Assuntos Médico-Sociais (SMAC); Finanças e Planejamento. A AMB tem participado ativamente de vários grupos de trabalho da WMA, incluindo os temas uso de placebo em pesquisa clínica, enfrentamento de doenças crônicas não transmissíveis, transplantes e doação de órgãos, desastres e determinantes sociais da saúde. A AMB, neste ano, apresentará à WMA duas propostas: de mobilização e qualificação de profissionais de saúde face a situações de desastres e uma resolução contra a discriminação dos portadores de hanseníase e seus familiares. |
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