Entidades alertam para a epidemia da doença e orientam a população sobre prevenção e sintomas
A Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) e a Sociedade Gaúcha de Infectologia (SGI) reforçam o alerta à população sobre o aumento alarmante dos casos de dengue no Estado e o decreto de situação de emergência no RS. Diante da elevação de casos confirmados até o momento em 2024 e o registro de vinte mortes pela doença, as entidades destacam a necessidade de medidas preventivas urgentes.
Segundo Dra. Rafaela Mafaciolli, infectologista e diretora de Comunicação da SGI, a situação configura uma epidemia de dengue, exigindo ações imediatas para conter a propagação do vírus.
A Nota Pública também oferece orientações sobre como identificar os sintomas e diferenciá-los de outras infecções, destacando a importância da consulta médica em casos de suspeita. Quanto às medidas preventivas, são enfatizadas a eliminação de possíveis criadouros do mosquito, o uso de repelentes e telas em janelas, além da vacinação disponível em clínicas privadas.
“Um alerta que estamos reforçando é que as pessoas não se automediquem. Há riscos sérios de complicações. É preciso atenção em duas frentes: uma na prevenção, eliminando os focos do mosquito transmissor; e outra no manejo adequado dos pacientes que, infelizmente, são infectados”, afirma o presidente da AMRIGS, Dr. Gerson Junqueira Jr.
Como identificar os sintomas?
A dengue pode variar desde uma doença assintomática (sem sintomas), e mesmo até quadros graves, como hemorragia, podendo causar morte.
Normalmente, o primeiro sintoma da dengue é a febre alta (39°C a 40°C) com início repentino, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e erupções cutâneas. Também é comum ocorrerem náuseas e vômitos. Na fase febril, é difícil diferenciar a doença de outras enfermidades. Por isso, é importante consultar um médico em caso de suspeita.
Como diferenciar os sinais de alguma outra eventual infecção?
Na fase febril, é difícil diferenciar a doença de outras enfermidades. Por isso, é importante a avaliação médica rápida em caso de suspeita e, em casos confirmados, ter acompanhamento médicos nos dias seguintes ao diagnóstico.
Qual médico procurar?
Em caso de suspeita, orienta-se procurar atendimento médico com clínico geral (podendo ser nas Unidades Básicas de Saúde), médico internista ou infectologista. Dependendo da gravidade dos sinais e sintomas do paciente, pode ser necessário procurar atendimento em unidades de pronto atendimento.
Entre as medidas preventivas, quais destacaria como as mais importantes?
A principal forma de prevenir a dengue é reduzir a infestação do mosquito Aedes aegypti. Destaca-se também a eliminação de água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros (como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos), e a revisão periódica (semanal) dos focos de proliferação dos mosquitos.
O uso de repelentes, telas em janelas, também ajudam na prevenção.
Além disso, o SUS está destinando vacinas para regiões de saúde com municípios de grande porte, com alta transmissão nos últimos dez anos. O Rio Grande do Sul, inicialmente, não está nessa lista, mas estão disponíveis em clínicas privadas.
É indicado uso de repelente de forma mais contínua?
Os repelentes também ajudam a prevenção, desde que usados conforme as instruções do rótulo.
Quais cuidados quem mora em apartamento (local com maior número de mosquitos) deve adotar?
Os cuidados seguem os mesmos: não deixar água parada em vasos de plantas, colocar telas mosquiteiras nas janelas e uso de repelente.
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