AMRIGS recomenda vacinação contra febre amarela à população gaúcha

Categoria:

Compartilhar:

publicada em

AMRIGS recomenda vacinação contra febre amarela à população gaúcha

Entidade reforça que vacina é fundamental para evitar casos da doença no estado
O surto de febre amarela registrado em algumas regiões do Brasil, com maior abrangência na zona rural de Minas Gerais, preocupa as autoridades de saúde em todo o país. No Rio Grande do Sul, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEV/RS) já emitiu alerta epidemiológico sobre a doença, com orientações sobre o controle da presença do vírus e de atualização vacinal da população sem vacina ou com esquema incompleto. 
Vacinação é a melhor maneira de evitar que a doença seja 
contraída (Marcelo Matusiak) 
Para o presidente da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), Alfredo Floro Cantalice Neto, é importante que as pessoas que pretendem viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata busquem a imunização, para evitar que contraiam a enfermidade. 
– A dose é disponibilizada nos postos de saúde. Portanto, quem puder atualizar sua situação vacinal deve fazê-lo. A febre amarela é uma doença grave, transmitida pela picada de mosquistos infectados com o vírus. Nas áreas rurais, os vetores são o Haemagogus e o Sabethes, tendo como hospedeiros os macacos. Nas zonas urbanas, a enfermidade ocorre quando uma pessoa doente é picada pelo Aedes aegypti, que infecta depois outras pessoas e dá início a um ciclo de transmissão – enfatiza o presidente da AMRIGS. 
Embora seja menos comum do que a dengue, a febre amarela tem uma taxa de letalidade maior. Em uma semana, pode matar entre 15% e 45% dos enfermos, enquanto a dengue vitima 1% e a zika e a chikungunya uma porcentagem ainda menor.
Os sintomas iniciais da doença são febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Nos casos mais graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pela e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque anafilático e insuficiência de múltiplos órgãos. Se não for tratada rapidamente, a febre amarela pode levar à morte em uma semana. 
O Brasil não registra casos de febre amarela em área urbana desde 1942, mas é importante que a população destas zonas tome as precauções necessárias para evitar contrair a doença, ou seja, além de se vacinar também combater a proliferação do Aedes aegypti. 
Em casos de suspeita de febre amarela, é muito importante se deslocar a um serviço de saúde e realizar um exame de sangue para confirmar a presença do vírus. Também é aconselhado não tomar nenhum medicamento em casa, pois podem conter substâncias que piorem os sintomas da doença. Um exemplo é o ácido acetilsalicílico, substância que aumenta o risco de desenvolver hemorragias, causando risco de vida. 
O tratamento da febre amarela serve apenas para aliviar os sintomas da doença, pois não há nenhum tratamento para eliminar o vírus. Dessa forma, normalmente é feito com internamento no hospital para ministrar remédios analgésicos e antitérmicos diretamente na veia, de forma a reduzir as dores e a febre.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Confira outras notícias

plugins premium WordPress