Apesar de haver um otimismo para que possamos dar fim à pandemia da COVID-19, pode ser que esta transformação leve ainda algum tempo. Talvez, alguns anos. Isso quer dizer que ainda precisamos de um compromisso coletivo com as medidas de prevenção e segurança para que a capacidade de atendimento do sistema de saúde esteja sob controle.
Nós, da AMRIGS, assumimos, desde o início da pandemia, um papel fundamental de orientação à população e de medidas práticas como a realização de drive-thrus de vacinação e participação em comitês. Juntamente com as autoridades em saúde, buscamos esclarecer e oferecer subsídios para tomada de decisões em distintos momentos que vivemos com a pandemia. Segundo estatísticas oficiais do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, o quadro atual não nos permite relaxar nos cuidados. Os casos confirmados que estavam em queda, voltaram a aumentar em janeiro e fevereiro. Ainda que a gravidade dos casos seja menor, o número de óbitos, infelizmente, voltou a crescer, tendo sido registradas 619 mortes em janeiro e 889 em fevereiro.
Para entender melhor essa esperada transformação no cenário que vivemos, convém lembrarmos alguns conceitos comuns na Medicina e que se tornaram corriqueiros na mídia e nas conversas. Endemia, Surto, Epidemia, Pandemia e Colapso são termos parecidos e que são facilmente confundidos. Diferentemente do que muitos possam pensar, a transformação do quadro de “Epidemia” para “Endemia”, não está relacionada à quantidade de casos, mas, sim, a uma disseminação por determinada região. Portanto, pela sua grande transmissão em várias partes do mundo, a COVID-19 pode demorar até atingir esse ponto.
Como exemplo que ilustra esse conceito, temos a Malária que é uma doença considerada endêmica no Brasil, ou seja, está localizada em nosso território e acomete principalmente regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, pois há uma associação com o clima uma vez que é transmitida através da picada de insetos.
O outro conceito que nos acostumamos a ouvir é o de “Surto”, e muito frequentemente é relatado em asilos ou instituições. Neste caso, há um aumento repentino de número de infectados.
Já a “Epidemia” é um grande surto que atinge uma região muito maior. Quando a COVID-19 foi identificada na China, por exemplo, recebeu esta classificação. Assim que ela se propagou por outros países, houve a nova denominação de “Pandemia”, no dia 11 de março de 2019. Também é importante lembrar que já enfrentamos outras “Pandemias” no mundo: a Gripe Espanhola, em 1918, que infectou mais de 500 milhões de pessoas e a Gripe A em 2009, que atingiu mais de 60 milhões de pessoas entre abril de 2009 e agosto de 2010.
Por fim, o outro conceito é o de “colapso”, momento em que existe muita demanda e mesmo o paciente tendo convênio ou ordem judicial, não consegue ser atendido, seja no âmbito público ou privado.
O fato é que ainda existem inúmeros aspectos para sairmos dessa grande crise de saúde pública. A imprevisibilidade continua sendo a tônica neste cenário pandêmico. Nós, da AMRIGS, seguiremos atuantes, alertas e atentos às medidas de prevenção e protocolos estabelecidos pelas autoridades sanitárias. E você, está consciente do impacto das suas atitudes?
Lembre-se: o que fará a diferença é a sua consciência e o cuidado com a saúde.
Dr. Gerson Junqueira Jr.
Presidente da AMRIGS
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