Associação de Psiquiatria do RS publica carta à população sobre maconha

Leia a íntegra do documento:

Perante a atual pauta de discussão de medidas liberalizadoras da maconha, as Entidades Médicas abaixo listadas consideram que:
1. Dependência química, pela sua relevância epidemiológica, é uma prioridade em saúde pública e exige uma política específica.
2. Nessa política, álcool, tabaco e maconha, por serem as drogas mais consumidas no país, devem merecer atenção prioritária.

E alertam:

1. Quaisquer medidas liberalizadoras da maconha estão associadas ao aumento do seu consumo e do número de jovens consumidores;
2. O aumento do consumo da maconha está relacionado à consequente ampliação dos problemas clínicos e sociais a ela relacionados;
3. Ocorre aumento da demanda por atendimento médico dos usuários com problemas e consequentemente uma piora no atendimento de saúde da população;
4. A maconha piora o desempenho escolar e aumenta a evasão, com atraso no desenvolvimento individual e da cidadania, com evidente impacto na escolarização plena;
5. O uso da maconha está associado a problemas clínicos relevantes. Aumenta o risco de doenças cardioventilatórias agudas e crônicas, de doenças neoplásicas em geral. Produz alterações notáveis na psicomotricidade, em especial na percepção de profundidade e deslocamento. Reduz a fertilidade.
6. O uso da maconha está relacionado a alterações de memória, prejuízos psicológicos e psicoses. Também está muito associado à depressão pré e pós-uso crônico, duplicando a chance de esquizofrenia;
7. A maconha constitui-se numa importante porta de entrada para problemas relacionados às demais drogas.

APRS (Associação de Psiquiatria do RS)
CREMERS (Conselho Regional de Medicina do RS)
SIMERS (Sindicato Médico do RS)
AMRIGS (Associação Médica do RS)
ABEAD (Associação Brasileira de Estudo do Álcool e Outras Drogas)
ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria)
CFM (Conselho Federal de Medicina)
AMB (Associação Médica Brasileira)