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Câncer de pulmão: o mais letal e o mais frequente tumor maligno

São estimados aproximadamente 28 mil novos casos do tumor no país até o final de 2010

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) vem promovendo uma série de ações destinadas ao esclarecimento da população e atualização médica sobre o câncer de pulmão, por meio de eventos científicos e campanhas. Conforme o dr. Guilherme Jorge Costa, presidente da Comissão de Câncer da entidade, o pneumologista precisa estar sempre atento às decisões que abrangem o diagnóstico e o tratamento desta patologia.

“Infelizmente, dispomos de assistência limitada às doenças respiratórias no país. A infra-estrutura geralmente disponível encontra-se em grandes centros metropolitanos, carecendo de equipamentos, profissionais capacitados e treinamento de forma ampla. Por esse motivo, é muito difícil atender adequadamente a grande demanda de pacientes com sintomas de câncer de pulmão”, revela.

Os problemas significam, na prática, demora no diagnóstico e no início do tratamento. Este atraso marca a diferença entre pacientes com maior sobrevida daqueles com doença avançada, cujo tratamento pode vir a se resumir em suporte paliativo e melhora dos sintomas, visto que a cura já não seja mais possível.

Este cenário é comum no Brasil, que possui uma das mais modernas políticas de saúde pública anti-tabaco, mas pouca assistência médica individualizada, seja no auxílio aos dependentes para abandonar o tabagismo ou no acesso a serviços médicos para tratamentos oncológicos adequados.

Exames preventivos – O câncer de pulmão é uma doença silenciosa, ou seja, os sintomas começam a surgir, geralmente, já na fase mais avançada.Por este motivo, mesmo com todos os avanços em tecnologias, vistos nas últimas décadas, as taxas de cura pouco evoluíram no mesmo período. Segundo dr. Guilherme, o problema é a utilização de exames radiológicos preventivos para a detecção, que têm mostrado resultados insatisfatórios em diagnosticar precocemente o câncer de pulmão. Ressaltando também que o fumante evita o máximo possível ser consultado por um médico pneumologista.

“Acreditamos que campanhas educativas contra o tabagismo possam realmente causar impacto na alta prevalência desta patologia. Tanto fumantes como ex-fumantes precisam de acompanhamento médico periódico”, ressalta.

Estatísticas – O câncer de pulmão é o tipo mais letal e frequente, apresentando um aumento de 2% em sua incidência mundial. Nos Estados Unidos, são cerca de 180 mil a 190 mil novos casos ao ano.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, a estimativa para até o final de 2010 é de cerca de 28 mil novos casos de câncer de pulmão. Em 2008, foram registradas 20.485 mortes em decorrência da doença, dos quais 13.050 homens e 7.435 mulheres.

Segundo dr. Guilherme, morrem aproximadamente 5 a 6 milhões de pessoas no mundo por doenças provocadas pelo uso do tabaco. Caso se mantenha a taxa atual de fumantes, em 2020, haverá mais de 10 milhões de mortes por ano. “Precisamos parar de fumar, urgente!” 

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