Candidatos ao Governo do Estado falam dos desafios na saúde do Rio Grande do Sul em debate da AMRIGS

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Candidatos ao Governo do Estado falam dos desafios na saúde do Rio Grande do Sul em debate da AMRIGS

Iniciativa tem como propósito destacar as propostas da área da saúde e temas gerais que estão em evidência no processo eleitoral

O debate dos candidatos no segundo turno das eleições para o Governo do Estado na Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) foi acirrado. Foram duas horas de debate entre Eduardo Leite e Onyx Lorenzoni, no evento realizado no Teatro AMRIGS com transmissão ao vivo pelo YouTube da instituição.

No primeiro bloco, os candidatos tiveram dois minutos para responder à pergunta da Rádio Guaíba e jornal Correio do Povo. A questão abordou a liberação de presos em audiências de custódia referindo que juízes e juízas se deparam com a difícil decisão de prender ou soltar, conforme a disponibilidade de vagas no sistema prisional. Logo após, os candidatos travaram um embate de ideias com temática livre na sequência de pergunta, resposta, réplica e tréplica.

Pergunta AMRIGS

No segundo bloco, a temática de abertura foi a saúde. A primeira pergunta elaborada pelo presidente da AMRIGS, Gerson Junqueira Jr. trouxe a temática do período pós-pandemia e uma realidade dramática na saúde pública do nosso Estado. Junqueira questionou os candidatos sobre quais serão seus projetos de governo para melhorar a assistência de saúde da população gaúcha diante do quadro atual com emergências superlotadas em hospitais e pronto-atendimentos, represamento aumentado de cirurgias eletivas, diminuição de leitos na assistência materno-infantil e saúde mental.

O que disse o candidato Onyx Lorenzoni:

“O Governo atual deixou uma dívida bilionária para o IPE Saúde. Na área Materno Infantil temos uma situação muito grave. Desde o ano passado, as mães de Viamão precisam ir a Gravataí e Porto Alegre porque fecharam a maternidade. Foram retirados R$ 282 milhões dos hospitais. Por fim, o Hospital São Pedro vem sendo destruído pela atual gestão. Restam 60 leitos e é evidente que precisamos reestruturar e contratar mais profissionais”.

O que disse o candidato Eduardo Leite:

“O meu concorrente é uma usina de mentiras. Não temos R$ 1 bilhão em dívidas. São R$ 300 milhões que estão acima do prazo contratual de 60 dias. Sabemos que a tabela SUS não remunera integralmente os custos. Passamos a repactuar com hospitais para aumentar leitos obstétricos. Com a reorganização do modelo de financiamento na alta complexidade vamos passar de 101 para 300 ambulatórios aumentando o número de cirurgias”.

IPE Saúde

No bloco seguinte, o questionamento da AMRIGS tratou da dificuldade do IPE Saúde, que possui mais de 990 mil vidas e é responsável pela assistência de cerca de 9% da população gaúcha. Por conta das dificuldades financeiras crescentes trazem um risco real de falta de atendimento.

O que disse o candidato Eduardo Leite:

“A saúde tem duas frentes. Regularizamos pagamentos na rede primária com R$ 600 milhões em dívidas, por exemplo, junto aos hospitais. Além disso, há a parte suplementar. Queremos discutir de forma serena e tranquila a situação do IPE Saúde. Vamos dialogar e ouvir até que se chegue em um ponto minimamente comum. Fizemos isso na previdência e vamos discutir, sim, porque ficou uma demanda reprimida da pandemia em consultas especializadas e a contribuição não cresceu. A contribuição precisa ser justa”.

O que disse o candidato Onyx Lorenzoni:

“Só temos um objetivo. Servir ao Rio Grande do Sul. A gestão do IPE Saúde é incompetente e quase criminosa. Deveria ter destinado recursos para reequilibrar o plano porque isso não faria com que os hospitais vivessem a penúria que vivem hoje. Os hospitais relatam que passam o pior momento da história do RS. Converse com o seu vizinho. Há quanto tempo ele espera a consulta de um especialista?”.

No quarto e último bloco, a discussão foi com tema livre e mínima intervenção do mediador. Cada candidato teve 12 minutos para falar. Durante o diálogo temas polêmicos como legalização ou não do aborto e da maconha, assim como uso irregular de dinheiro foram expostos. Uma parcela do tempo também foi dedicada ao debate de ações durante a pandemia.

O encontro foi organizado pela Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), Rádio Guaíba e Correio do Povo. A gravação completa pode ser conferida no YouTube da AMRIGS em https://bit.ly/3SCHAnj

O Debate Eleições 2022 da AMRIGS, Rádio Guaíba e Correio do Povo contou com o patrocínio de Rede Agafarma de Farmácias, MoneyMark XP Investimentos e Unimed Porto Alegre.

Fonte: Marcelo Matusiak
Fotos: Marcelo Matusiak e Ana Carolina Lopes

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