A Atualização Global sobre a Aids “Comunidades no centro”, revela que essa queda foi impulsionada principalmente pelo progresso constante na maior parte do leste e sul da África.
Novo relatório revela que tem desacelerado o progresso na redução de novas infecções pelo HIV, que promoveria um aumento do acesso ao tratamento e o fim das mortes relacionadas à doença.
Mortes
O novo relatório revela que tem desacelerado o progresso na redução de novas infecções pelo HIV, que promoveria um aumento do acesso ao tratamento e o fim das mortes relacionadas à doença.
O estudo lançado em Genebra, na Suíça, e em Eshowe, na África do Sul aponta que enquanto alguns países fazem ganhos impressionantes, outros observam o aumento de novas infecções pelo vírus e mortes relacionadas à Aids.
Lusófonos
Em relação aos países de língua portuguesa, Angola é um dos sete Estados onde o número de infeções aumentou em crianças.
O estudo inclui avanços em relação à meta 90/90/90, que consiste em ter, até 2020, 90% das pessoas com HIV devidamente diagnosticadas, 90% realizando o tratamento com antirretrovirais e, deste grupo, 90% com carga viral indetectável
No primeiro indicador, Brasil Cabo Verde e Portugal cumpriram ou estão a caminho de cumprir a meta. Os dois últimos países também estão em vias de alcançar o segundo parâmetro.
Já o Brasil é o único país em vias de cumprir o objetivo de alcançar 90% de pessoas com carga viral indetectável, o que indica o sucesso do método terapêutico aplicado.
A Guiné-Bissau é mencionada no estudo pelo alto número de mulheres que vivem com deficiência com maior probabilidade de serem soropositivas do que os homens na mesma situação.
Já Moçambique é mencionado pelo sucesso na ação baseada na comunidade, que pode resultar na garantia de direitos à saúde em um país de baixa renda com uma das maiores epidemias de HIV do mundo e vários desafios de saúde pública.
Os recentes ciclones e o efeito no sistema de saúde em Moçambique são mencionados no relatório, que aponta pressões como pobreza extrema, acesso desigual, escassez e fraca presença de provedores de serviços de saúde.
O Unaids estima que, a nível mundial, apenas metade dos bebés que são expostos ao HIV durante a gravidez da mãe são testados antes das oito semanas de idade.
Populações
O documento mostra que os grupos populacionais-chave e seus parceiros sexuais representam agora 54% das novas infecções pelo HIV no mundo. Nesse grupo, estão pessoas que injetam drogas, homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, transexuais, profissionais do sexo e prisioneiros
Em 2018, nessas chamadas populações-chave ocorreram cerca de 95% das novas infecções e as regiões que precisavam de maior atenção eram Europa Oriental e Central, Oriente Médio e Norte da África.
Populações-chave
O estudo revela ainda que menos de 50% das populações-chave foram atingidas com serviços combinados de prevenção do HIV, em mais da metade dos países que relataram. Isso destaca que elas estão sendo marginalizadas e deixadas para trás na resposta ao HIV.
Na África oriental e meridional, as áreas mais afetada pelo HIV, tem havido um aumento preocupante em novas infecções. Na Europa Oriental e Ásia Central a média é 29%, no Oriente Médio e no norte de África 10% e na América Latina 7%.
No estudo, a diretora executiva do Unaids destaca que é preciso maior liderança política de forma urgente para acabar com a Aids. Para Gunilla Carlsson, “isso começa com um investimento adequado, inteligente e observando o que torna alguns países tão bem-sucedidos”.
Ela disse ainda que “acabar com a Aids é possível com foco em pessoas, não em doenças”. Suas propostas são criar roteiros para as pessoas e locais que estão sendo deixados para trás e adotar uma abordagem baseada em direitos humanos para alcançar as pessoas mais afetadas pelo HIV .
Fonte: ONU News
Foto: Unicef/ Frank Dejongh
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