O núcleo de reprodução assistida da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do Conselho Federal de Medicina (CFM) reuniu-se, nesta terça-feira (16), para debater o 1° Relatório de Amostras Seminais apresentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Coordenado pelo diretor-tesoureiro do CFM, José Hiran Gallo, o grupo teve acesso à análise de dados referentes à importação desse material biológico no Brasil como: anuências de importação concedidas Anvisa, procedência das amostras e destino por região demográfica e por unidade federada do país.
“Considerando o período de 2011 a 2016, o aumento do quantitativo de importação de amostras seminais foi muito expressivo, da ordem de mais de dois mil por cento, exatamente, 2.625,0%”, afirma a Anvisa. As amostras em questão são provenientes de três bancos de sêmen norte americanos privados com licença e registro para atuação e representação no Brasil.
Somente de 2014 a 2016 foram emitidas 1.011 anuências da Agência, sendo que 79% das amostras destinaram-se a bancos de da região sudeste do Brasil. “Com o evidente aumento da importação seminal, precisamos debater formas eficazes de garantir segurança e qualidade a todos os processos de reprodução assistida passando, por exemplo, pelo número de doações por indivíduo quanto por métodos de rastreamento do material”, afirma o diretor do CFM, Hiran Gallo.
O tema seguirá na pauta da Comissão, que, com a colaboração da Anvisa, analisará minunciosamente os dados do 1° Relatório de Amostras Seminais para uso em Reprodução Humana Assistida.