Em época de campanha que incentiva o diagnóstico e tratamento da malária, o Ministério da Saúde traz mais informações a respeito da doença muito comum na região amazônica do Brasil, que engloba os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Ao longo dos anos, as notificações vêm diminuindo, mas é sempre importante ficar atento para não deixar que o número de casos volte a aumentar. Em 2016, foram notificados 129.195 casos (dados preliminares) em todo o país. Comparado com os últimos dez anos, a redução foi de 76,5%, já que em 2006 foram registrados 550.847 mil casos da doença. Confira aqui os
Mitos e Verdades:
É verdade que chás e plantas medicinas podem curar”
Mito. O tratamento só pode ser feito com medicamentos e tem que ser completo e adequado, caso contrário, a malária pode voltar ou ficar mais grave.
É preciso sentir todos os sintomas para estar com malária”
Mito. Os sintomas podem variar, portanto, basta sentir um ou mais sintomas para procurar um serviço de saúde para fazer o diagnóstico. Os sintomas da doença são febre, dores no corpo ou de cabeça, calafrios, suor intenso e outros.
É seguro amamentar enquanto tomo medicamento antimalárico”
Depende. Os medicamentos antimaláricos do Brasil normalmente podem ser utilizados em mulheres que amamentam. A primaquina (medicamento de combate e prevenção de malária) não deve ser usada nem durante a gestação nem durante a amamentação (até os seis meses de vida do bebê).
Se eu contrair malária, eu a terei pelo resto de minha vida”
Mito. O tratamento da malária, quando realizado de maneira correta, garante a cura da doença.
Malária é uma doença contagiosa”
Mito. Uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente à outra pessoa, é necessária a participação de um vetor. A principal forma de transmissão é por meio da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles, conhecido popularmente por mosquito-prego.
A pessoa que já teve malária pode doar sangue”
Depende. Se a pessoa teve malária por Plasmodium malariae, ela não poderá mais doar sangue. Já para as outras espécies, depende do tempo entre a doença e a doação de sangue. Os hemocentros sabem orientar o doador.
O Aedes aegypti transmite a malária”
Mito. A malária é transmitida através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium, um tipo de protozoário. Estes mosquitos são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno, porém em menor quantidade.
O diagnóstico e tratamento de malária são oferecidos pelo SUS”
Verdade. Tanto o diagnóstico como o tratamento são oferecidos gratuitamente no SUS. O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante; a idade e peso do paciente; condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; gravidade da doença. No geral, após a confirmação da doença, o paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial (malária não complicada), com comprimidos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde. O tratamento de malária não é vendido em farmácias. Ele é sempre gratuito. Somente os casos graves deverão ser hospitalizados de imediato. O tratamento da malária, quando realizado de maneira correta, garante a cura da doença.
A malária pode matar”
Verdade. A malária pode evoluir para forma grave e até para óbito.
Posso ter malária e não apresentar nenhum sintoma”
Verdade. Pessoas que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando poucos, ou mesmo nenhum sintoma, no caso de uma nova infecção.
Existe vacina contra malária”
Mito. Ainda está em estudo e sem previsão de disponibilidade. Proteção deve ser contra a picada de mosquitos.
Só existe transmissão nos Estados do norte”
Mito. A transmissão ocorre com maior frequência em Estados da região Amazônica como um todo, incluindo Mato Grosso, Tocantins e Maranhão, e não apenas na região Norte. Porém, onde exista a presença do mosquito Anopheles, a transmissão é possível. Existe transmissão em outros estados da região não amazônica, mas com risco insignificante.