8 de julho é o Dia Mundial da Alergia. A data é lembrada juntamente com o início do inverno, o que nos remete às alergias respiratórias que se agravam com o clima frio. As reações mais comuns são a rinite, a bronquite e a asma. Muitas vezes, os sintomas que as pessoas entendem por gripe ou resfriado são, na verdade, alergias. Esses sintomas se agravam no inverno porque a proliferação de mofo encontra no tempo frio a temperatura ideal, e os ácaros, que se multiplicaram durante todo o resto do ano, saem dos casacos e mantas que ficam guardados no armário.
É importante que as pessoas estejam atentas aos sintomas característicos da alergia, como tosse constante, dor no peito, coriza abundante, espirros frequentes e, ao aparecimento deles, busquem ajuda médica. Na maioria dos casos, as alergias podem ser controladas evitando-se o contato com as substâncias causadoras, monitorando o ambiente e eliminando os fatores externos que possam estar desencadeando o processo.
Dicas para evitar alergias no inverno:
- Limpe a casa com um pano umedecido em água ou álcool, evitando desinfetante e outros produtos químicos que possam desencadear reações alérgicas;
- Evite locais fechados e aglomerados;
- Mantenha o organismo hidratado. É importante beber água mesmo em dias frios em que se sente menos sede;
- Tente respirar sempre pelo nariz, não pela boca. As narinas têm a função de filtrar e aquecer o ar antes de ele entrar no sistema respiratório;
- Higienize as mãos sempre que possível e mantenha consigo um frasco de álcool gel;
- Evite o uso de espanador, vassouras, cortinas de tecido e carpete, que concentram muita poeira. Os ácaros, principais causadores de alergia, são abundantes nos colchões e travesseiros, locais onde costuma-se passar grande parte do dia e por isso é imprescindível o uso de capas impermeáveis;
- Deixe entrar ar e sol sempre que possível nos cômodos, evitando assim o aparecimento de fungos;
- O fumo e animais domésticos em casa são danosos para esses pacientes;
As alergias são consideradas doenças crônicas, mas que podem ser controladas. É muito importante cuidar das causas da alergia, por isso, é preciso fazer uma investigação cuidadosa da vida do paciente (anaminese) e sobre fatores que possam estar agravando seu caso. Procure seu médico para que ele possa avaliar sua situação e prescrever o tratamento mais adequado.
Tratamento
Depois que os agentes são descobertos, há diversas medicações específicas para diminuir os sintomas durante uma crise. Além da imunoterapia específica, existe uma vacina desenvolvida contra o alérgeno. A dose precisa ser tomada uma vez por semana, durante um período prolongado. Os alérgicos também podem, regularmente, usar medicamentos preventivos, normalmente por via inalatória. As tradicionais “bombinhas” – remédio em forma de spray – muito usadas pelos asmáticos, apresentam efeitos colaterais mínimos.
Para as crises, os remédios mais empregados são os antihistamínicos ou antialérgicos. No caso dos pacientes asmáticos, os broncodilatadores facilitam a passagem do ar. Se o paciente for acometido por uma conjuntivite, há colírios específicos. Nas reações alérgicas intensas, os corticosteróides são os mais recomendados.
Dentre a grande variedade de possibilidades de tratamento disponíveis, atualmente, a vacinação antialérgica ainda é o único tratamento que potencialmente pode curar a alergia.
Isto implica em termos de qualidade de vida:
- Fim do desconforto e sensação de doença.
- Redução do consumo freqüente de medicamentos para o controle dos sintomas.
- Redução do risco de efeitos colaterais graves, que podem ser causados pelo uso freqüente de medicamentos sintomáticos.
- Retorno dos pacientes com alergias respiratórias às atividades esportivas.
- Resistência à presença de animais.