Em assembleia, médicos decidem aderir à paralisação nacional por melhor remuneração paga pelas operadoras

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Em assembleia, médicos decidem aderir à paralisação nacional por melhor remuneração paga pelas operadoras

Os médicos de planos de saúde no Estado vão parar na próxima quarta, 21 de setembro. Em assembleia geral, em Porto Alegre, a categoria decidiu aderir à paralisação nacional do setor em busca de aumento na remuneração pelas operadoras, índice anual de correção e respeito à autonomia profissional. O movimento vai denunciar que os lucros das empresas são obtidos às custas da exploração do trabalho médico. 

A Comissão Estadual de Honorários Médicos do RS (CEHM-RS), formada por Sindicato Médico do RS (SIMERS), Associação Médica do RS (AMRIGS) e Conselho Regional de Medicina (CREMERS), está na linha de frente da organização das ações. No Estado, ocorrerá um ato às 10h de quarta, em frente ao Museu de História da Medicina (MUHM), que ocupa o prédio da Beneficência Portuguesa, Centro da Capital. 

A plenária aprovou R$ 80,00 como valor mínimo da consulta a ser negociado com as operadoras. Propostas de reajuste enviadas à CEHM-RS pela Golden Cross e Unidas (que reúne 28 planos, entre eles Cassi e Geap) foram recusadas pela plenária por ficarem abaixo de R$ 80,00. Já um dos maiores grupos do setor no País, o Bradesco, ignorou o pedido para discutir aumento. Centro Clínico Gaúcho, Doctor Clin e Pró-Salute não apresentaram propostas de novos valores. 

A categoria promete forte mobilização, que deve ganhar reforço de residentes e estudantes de Medicina. "Os médicos não aguentam mais tanta desvalorização quando têm papel decisivo no cuidado dos pacientes", ressaltou a vice-presidente do Sindicato Médico do RS (SIMERS), Maria Rita de Assis Brasil, que participou da plenária na sede da AMRIGS. Estavam no encontro os presidentes da Associação, Dirceu Rodrigues, e o do CREMERS, Fernando Matos.

O diretor do Sindicato e representante na comissão, Jorge Eltz, adianta que o protesto servirá para alertar a população de que, sem uma justa remuneração, cada vez mais profissionais deixarão de atender os planos. Eltz salienta que é preciso interromper a lógica atual de grande quantidade de atendimentos, com valores irrisórios, e restrições a pedidos de exames e procedimentos. "O médico quer condições para prestar a assistência, que pressupõe tempo e respeito às decisões de tratamento", ampliou o dirigente.  

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