Índice elevado de chuvas no Rio Grande do Sul nesta época intensifica importância da prevenção de doenças
Além do transtorno e da dificuldade que uma enchente pode causar em uma cidade, as águas poluídas são responsáveis pela transmissão de uma série de doenças infectocontagiosas. Por isso, a preocupação não deve se limitar apenas ao período imediato após a cheia. A médica infectologista e associada da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), Anelise Pezzi Alves, chama a atenção para o que pode ocorrer se as medidas certas não forem tomadas.
– Uma das maiores preocupações é a hepatite A, mas há casos sérios de leptospirose, gastroenterites virais, bacterianas e a salmonela. É preciso estar extremamente atento aos sintomas e à exposição. Uma orientação é estar sempre com pés e mãos protegidos quando tocar a água. Utilize luvas ou até mesmo sacos plásticos. Alerte as crianças, pois muitas imaginam que podem brincar nas águas poluídas – explica.
Após diminuir o fluxo, é fundamental fazer uma boa higienização e dedetização do ambiente. A caixa d’água e os móveis da casa também merecem uma atenção especial.
– A lama tem grande poder infectante aderindo às paredes e ao chão. O local deve ser lavado com água sanitária. A higienização da caixa d’água é um processo lento, mas necessário para que se limpe completamente a tubulação. É recomendado que seja utilizado hipoclorito de sódio diluído na proporção de 2,5%, para cada mil litros do reservatório – completou.
Após 30 minutos, é aconselhado abrir o registro até encher toda a tubulação da edificação e aguardar até que o composto possa agir na desinfecção. Então, por fim, libera-se todas as torneiras até se esgotar a água com o produto químico.
Fonte: Ascom AMRIGS
Foto: Freepik
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