Estudo realizado no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) relaciona o exercício físico aeróbio à redução dos sintomas da asma. Utilizando-se de 58 pacientes com idades entre 30 e 50 anos e com asma moderada a grave, a pesquisa comprovou que o exercício aeróbio reduz a inflamação brônquica e gravidade dos sintomas, com melhora da qualidade de vida dos pacientes.
Pacientes asmáticos tem a hiperresponsividade brônquica (HB) como uma importante característica. Esta condição faz com que fatores gatilhos (ou alérgenos), os quais não ocasionam nenhuma reação em uma pessoa sem asma ” tais como mudança de temperatura, poluição, ácaro, fumaça de cigarro, pelos de animais, mofo ” causem irritação em asmáticos, ocasionando o fechamento de suas vias aéreas.
A (HB) foi utilizada como comparação nos pacientes antes e depois dos exercícios físicos. Além disso, os níveis de proteínas inflamatórias ” as citocinas ” e de IgE, um anticorpo produzido pelo organismo de pessoas alérgicas, presentes nos paciente com asma também foram analisados.
Comparações
Segundo o professor Celso Carvalho, coordenador do estudo, os participantes foram divididos em dois grupos. Enquanto um primeiro grupo realizou exercícios placebo respiratórios ” os quais os pesquisadores já sabiam previamente não obter resultados positivos ” um segundo realizou 35 minutos de exercícios aeróbios em esteira, duas vezes por semana, durante três meses, entre os anos de 2013 e 2014.
Os resultados surpreenderam. No grupo de exercício aeróbico, a hiperresponsividade reduziu em uma dupla dose, o que significa que os pacientes eram capazes de tolerar duas vezes os fatores gatilhos que desencadeiam sintomas. O grupo que realizou exercício placebo não apresentou benefício algum. Os níveis de proteínas inflamatórias (citocinas) presentes na asma e de IgE, um anticorpo produzido pelo organismo de pessoas alérgicas, também foram analisados.
Os níveis das citocinas inflamatórias também caíram significativamente no grupo de exercício aeróbio, diminuindo a inflamação, e o número de dias livres de sintomas da amas aumentou. Em decorrência dessas mudanças, a qualidade de vida dos pacientes melhorou significativamente em 70% do grupo que fez exercício aeróbio. Os efeitos foram mais acentuados em pessoas com níveis mais elevados de inflamação sistêmica.
O estudo foi realizado em parceria com as unidades de Fisioterapia, Pneumologia, Alergia e Clínica Geral do HC da FMUSP.
Com informações de Bete Subires, da Assessoria de Imprensa do Instituto Central do HC
Inscreva-se no formulário ao lado e receba novidades sobre eventos, notícias e muito mais!
Telefone: (51) 3014-2001
E-mail: amrigs@amrigs.org.br
Av. Ipiranga, 5311 - Porto Alegre/RS
CEP: 90610-001
©2024 - AMRIGS - Associação Médica do Rio Grande do Sul. Todos os direitos reservados.