O Brasil sediará nesta semana o Segundo Fórum Latino-americano e do Caribe sobre o contínuo de atenção ao HIV, que será aberto pelo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antonio Carlos Nardi. Nesta segunda edição ” a primeira foi realizada no México em 2014 “, o Fórum promoverá um debate rumo à expansão da resposta eficaz e sustentável ao HIV na América Latina e no Caribe para o cumprimento da meta 90-90-90 e o fim da epidemia de aids como problema de saúde pública até 2030. Um dos objetivos do Fórum é discutir metas de prevenção. O evento será realizado de terça-feira (18/08) a quinta-feira (20/08), no Centro do Rio de Janeiro.
Estarão presentes ao evento representantes da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, México, Nicarágua, República Dominicana, Uruguai, Jamaica e Venezuela ” para citar apenas alguns “, entre especialistas de programas nacionais de HIV/aids e da comunidade científica e acadêmica, pessoas com HIV, membros de organizações da sociedade civil e representantes de agências de cooperação técnica e outras instituições relevantes como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização Pan-americana da Saúde (Opas), o Programa Conjunto das Nações Unidas para HIV/Aids (Unaids), e o Grupo de Cooperação Técnica Horizontal de HIV/AIDS da América Latina (GCTH), entre outros.
Com foco no contínuo de atenção ao HIV (diagnóstico, tratamento com terapia antirretroviral e redução da carga viral a níveis indetectáveis) a ideia é reiterar as alianças existentes com base em uma plataforma consensual de estratégias e medidas para reduzir o número de novas infecções e atingir o maior número possível de pessoas na América Latina e Caribe com supressão efetiva e sustentável da carga viral.
Outros objetivos são reforçar as sinergias e criar uma resposta coordenada ao HIV na região por meio do diálogo e de acordos sobre metas, objetivos e plataformas comuns de intervenção entre todos os participantes; apresentar e discutir as conquistas e desafios relacionados à implementação da “Chamada para Ação” que resultou do evento de 2014; compartilhar as últimas descobertas científicas e discutir suas implicações para a implementação de intervenções prioritárias para a prevenção, cuidados e tratamento na região; analisar e aprovar um conjunto de recomendações de consenso para orientar respostas nacionais à implementação de intervenções eficazes para cuidados e tratamento baseado em evidências, entre outros.
Ao longo dos três dias do evento, sessões plenárias e grupos de trabalho abordarão esses e outros objetivos e construirão um consenso entre todos os participantes. Um grupo de relatores recolherá as contribuições e recomendações ao fim de cada sessão.
Como resultado concreto do encontro, espera-se um acordo sobre as metas regionais de prevenção para 2020, além de uma declaração ” endossada pelos presentes ” com recomendações sobre as intervenções prioritárias a serem realizadas para acelerar o progresso rumo a estas metas. A declaração do Fórum será apresentada e aprovada em sessão plenária final. Além disso, haverá uma exposição permanente de cartazes sobre as cascatas de cuidados e tratamento dos países participantes.
O diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, fechará o encontro na quinta-feira, falando da resposta brasileira ao HIV/aids. O DDAHV participará de todas as etapas do Fórum.