Guia Alimentar: Comida de verdade para uma vida mais saudável

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Guia Alimentar: Comida de verdade para uma vida mais saudável

Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério da Saúde está disponível na internet
Recentemente, a apresentadora de TV e chef de cozinha Rita Lobo fez uma transmissão ao vivo em uma rede social. Ela  falou sobre alimentação saudável de verdade.  Entre os assuntos explorados pela apresentadora foi  o “modismo da medicalização da comida”,  que, segundo a chef,  é escolher os alimentos apenas pelos benefícios nutricionais. Para Rita é preciso valorizar também as preferências das famílias e a cultura regional alimentar. 
Um exemplo recente, que pode ser entendido como “modismo da medicalização da comida”  é a valorização do sal do himalaia. O problema é que esse sal não é um alimento da cultura brasileira e , por isso, não está disponível para toda a população. A pergunta que fica é: Será que só tendo acesso a esse exemplo de produto vou conseguir adotar hábitos mais saudáveis de vida e ter mais saúde” Pode ficar tranquilo que a resposta é não.
Rita Lobo também aborda no vídeo um guia, em especial, que possui orientações sobre o grau de processamento dos alimentos como sendo uma relevante descoberta pessoal.  Essa publicação é o Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério da Saúde.

O Guia foi lançado em 2014 para quem deseja adquirir hábitos de vida mais saudáveis.  É uma ferramenta importante dentro do Sistema único de Saúde. Ele foi pensado não só para ser um instrumento de manuseio de profissionais de saúde, mas para ser facilmente entendido por qualquer pessoa e principalmente, fácil de aplicar dentro da cultura alimentar brasileira.  Essa não é a primeira vez que Rita Lobo cita o Guia Alimentar. Confira aqui. “As pessoas precisam entender o que é comida de verdade”, defende Rita Lobo.
Entenda as categorias dos alimentos para uma vida mais saudável
O que o Guia Alimentar para a População explica é que existe um grau de processamento dos alimentos e é pensando nisso que você pode começar a escolher melhor o que comer no seu dia a dia e  consequentemente, ter mais saúde com a mudança de hábito. São 4 as categorias de alimentos definidas no Guia Alimentar. Depois de aprender a identificar quais são elas você vai entender sobre uma regra de ouro que vai ajudar a organizar a sua rotina alimentar e a da sua família. Os níveis são divididos em:
1.    A primeira categoria são os alimentos  in  natura ou  minimamente  processados:  Os  alimentos  in  natura são  aqueles  obtidos  diretamente de plantas ou de animais (como folhas e frutos ou ovos e leite) e adquiridos para consumo sem que tenham sofrido  qualquer   alteração   após   deixarem   a   natureza.  
Os alimentos   minimamente   processados   são   alimentos   in natura que,  antes  de  sua  aquisição,  foram  submetidos  a  alterações  mínimas. Exemplos incluem grãos secos, polidos e  empacotados  ou moídos  na  forma  de  farinhas,  raízes  e  tubérculos  lavados,  cortes  de  carne  resfriados  ou  congelados  e  leite  pasteurizado.  
2.    A segunda categoria corresponde a produtos extraídos de alimentos in  natura ou  diretamente  da  natureza  e  usados  pelas  pessoas  para  temperar   e   cozinhar   alimentos   e   criar   preparações   culinárias.   Exemplos  desses  produtos  são:  óleos,  gorduras,  açúcar  e  sal.  
3.    A   terceira    categoria    corresponde    a    produtos    fabricados    essencialmente  com  a  adição  de  sal  ou  açúcar  a  um  alimento  in natura ou minimamente processado, como legumes em conserva, frutas em calda, queijos e pães.
4.    A quarta  categoria  corresponde  a  produtos  que passaram por diversas  etapas  e  técnicas  de  processamento  .   Exemplos   incluem   refrigerantes, biscoitos recheados, “salgadinhos de pacote” e “macarrão instantâneo”. A seguir,  apresentamos  as  sugestões  para  o  consumo  das  quatro  categorias de alimentos encontradas no guia. Em resumo, é assim que os alimentos vão ser entendidos:
Regra de Ouro
Saiba agora como aplicar esse conhecimento sobre as categorias dos alimentos:  
Faça de alimentos in natura ou minimamente processados a base de sua alimentação.
Alimentos in  natura ou  minimamente  processados,  em  grande  variedade  e  predominantemente  de  origem  vegetal,  são  a  base  de   uma   alimentação   nutricionalmente   balanceada,   saborosa,   culturalmente  apropriada  e  promotora  de  um  sistema  alimentar  socialmente e ambientalmente sustentável. 
Utilize   óleos,   gorduras,   sal   e   açúcar   em   pequenas   quantidades  ao  temperar  e  cozinhar  alimentos  e  criar  preparações culinárias.
Desde  que  utilizados  com  moderação  em  preparações  culinárias  com  base  em  alimentos  in  natura ou  minimamente  processados,  óleos,  gorduras, sal e açúcar contribuem para diversificar e tornar mais saborosa a alimentação sem torná-la nutricionalmente desbalanceada.
Limite o uso de alimentos processados, consumindo-os, em pequenas quantidades, como ingredientes de preparações culinárias   ou   como   parte   de   refeições   baseadas   em   alimentos in natura ou minimamente processadosos .
Os ingredientes  e  métodos  usados  na  fabricação  de  alimentos  processados  ”  como  conservas  de  legumes,  compotas  de  frutas,  queijos  e  pães  ”  alteram  de  modo  desfavorável  a  composição  nutricional dos alimentos.
Evite alimentos ultraprocessados!
Alimentos  ultraprocessados  ”  como  biscoitos   recheados,   “salgadinhos   de   pacote”,   refrigerantes   e   “macarrão  instantâneo”  ”  são  nutricionalmente  desbalanceados.  Por  conta  da formulação  e  apresentação,  esses produtos tendem  a  ser  consumidos  em  excesso  e  a  substituir  alimentos  in  natura ou  minimamente processados. Por isso, afetam de modo desfavorável a cultura, a vida social e o meio ambiente.
Por que limitar o consumo de  alimentos processados”
Embora o alimento processado mantenha a identidade básica e a maioria dos nutrientes do alimento, os ingredientes e os métodos de processamento utilizados na fabricação alteram de modo desfavorável a composição nutricional.
A adição de sal ou açúcar, em geral em quantidades muito superiores às usadas em preparações culinárias, pode favorecer doenças do coração, obesidade e outras doenças crônicas. Também acontece a perda de água na fabricação de alimentos processados e a eventual adição de açúcar ou óleo transformam alimentos com baixa ou média quantidade de calorias por grama ” por exemplo, leite, frutas, peixe e trigo ” em alimentos de alta densidade calórica” queijos, frutas em calda, peixes em conserva de óleo e pães. A alimentação com alta densidade calórica está associada ao risco de obesidade.
Por isso, o consumo de alimentos processados deve ser limitado a pequenas quantidades, seja como ingredientes de preparações culinárias, seja como acompanhamento de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados. Caso o consumo aconteça, é importante consultar o rótulo dos produtos para dar preferência àqueles com menor teor de sal ou açúcar.

Regra de ouro: Prefira sempre alimentos in  natura ou  minimamente  processados  e  preparações  culinárias  a  alimentos ultraprocessados.
Opte  por  água,  leite  e  frutas  no  lugar  de  refrigerantes,  bebidas  lácteas  e  biscoitos  recheados;  não  troque  a  “comida  feita  na  hora” (caldos, sopas, saladas, molhos, arroz e feijão, macarronada, refogados  de  legumes  e  verduras,  farofas,  tortas)  por  produtos  que dispensam preparação culinária (“sopas de pacote”, “macarrão instantâneo”, pratos congelados prontos para aquecer, sanduíches, frios  e  embutidos,  maioneses  e  molhos  industrializados,  misturas  prontas para tortas) e fique com sobremesas caseiras, dispensando as industrializadas.
Com essas recomendações gerais que orientam a escolha dos alimentos, você terá uma alimentação nutricionalmente balanceada, saborosa e culturalmente apropriada.
Quer aprender mais coisas bacanas sobre alimentação saudável clicando:

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