A proposta é reduzir os riscos de transmissão sexual do HIV ao parceiro. As tecnologias atualmente disponíveis, e recomendadas no Brasil, são capazes de reduzir o risco de transmissão vertical (de mãe para filho) para menos de 1%.
De acordo com as novas recomendações, as equipes de saúde terão que estar preparadas para discutir o assunto com as pessoas que vivem com HIV/aids. Uma vez havendo desejo de paternidade ou maternidade, é necessário estabelecer um planejamento conjunto. Para aqueles casais que desejam ter filhos pelos métodos naturais, é importante não ter infecções genitais (como, por exemplo, DST), apresentar estabilidade imunológica, boa adesão ao tratamento e carga viral indetectável. Os procedimentos que também podem reduzir a transmissão do HIV são os de reprodução assistida, lavagem de esperma e inseminação artificial. Entretanto, qualquer método adotado deve ter o acompanhamento da equipe de saúde.
Recomendações – O texto do guia foi discutido e elaborado com base em evidências científicas disponíveis pelo Ministério da Saúde com os Comitês de Terapia Antirretroviral para Adultos e Terapia Antirretroviral para Gestantes Infectadas pelo HIV. Os dois comitês são formados por especialistas de todo o Brasil, representantes da sociedade civil, pesquisadores e gestores de DST e aids.
Além de distribuir a publicação nos Serviços de Atendimento Especializados (SAES), o Departamento vai capacitar profissionais de saúde para atender casais que desejam ter filhos.
Com o guia, a intenção do Ministério é fazer com que a gravidez entre pessoas que vivem e convivem com HIV e aids aconteça com o máximo de segurança possível, tanto para os pais, quanto para o bebê.
Profissionais do SUS vão poder medicar pessoas que tiveram relação sexual sem proteção, após uma avaliação criteriosaPara receber os medicamentos, a pessoa exposta deve procurar os Serviços de Atendimento Especializado (SAE) ou aqueles serviços que já atendem situações de urgência (como nos casos de acidente ocupacional ou de violência sexual). Essa busca pelo atendimento deve ocorrer, preferencialmente, nas primeiras duas horas após a relação sexual desprotegida e, no máximo, em até 72 horas. “É importante ressaltar, no entanto, que a estratégia do Departamento é sempre incentivar o uso da camisinha como forma de prevenir a infecção pelo HIV”, reforça o diretor adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Eduardo Barbosa. “Aqui apresentamos recomendações para médicos, considerando as situações excepcionais”, complementa.
Ao receber o coquetel pós-exposição, a pessoa é orientada sobre os objetivos da utilização dos medicamentos, os possíveis efeitos adversos e a importância dos medicamentos. O consenso reforça, para o profissional de saúde, a relevância de uma atitude acolhedora e sem julgamento no atendimento. Além de propiciar formação do vínculo, a estratégia favorece a adesão às medidas recomendadas, especialmente as preventivas. A oferta do teste de aids faz parte do procedimento, que deve ser informado ao paciente. O exame deve ser feito 30 dias depois da situação de risco.
Pós-exposição sexual ao HIV em caso de violência
A aids é uma preocupação recorrente para os profissionais de saúde que atendem vítimas de violência sexual. Nesses casos, a principal atualização do suplemento refere-se a esquemas de tratamento terapêuticos mais cômodos para a vítima. O objetivo é propiciar que a pessoa conclua a terapia indicada de forma menos traumática. A profilaxia com antirretrovirais nas situações de violência segue os mesmos princípios adotados nos casos de exposição sexual consciente.
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