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Marcha em Defesa do SUS marca primeiro dia da 15ª Conferência Nacional de Saúde

Aproximadamente 10 mil defensores do Sistema Único de Saúde de todos os estados brasileiros  se reuniram na tarde de terça-feira (1º) na Esplanada dos Ministérios na Marcha em Defesa do SUS. Entidades representativas de vários segmentos, de religiões, gênero, raça e profissionais de saúde de diversas áreas saíram da Catedral Metropolitana de Brasília e caminharam até o gramado em frente ao Congresso Nacional pedindo saúde pública gratuita e de qualidade para todos.
Faixas e cartazes expunham as demandas de cada grupo.
Um dos manifestantes foi o ex-ministro da Saúde Arthur Chioro. Doutor em saúde coletiva, Chioro disse que a população deve se mobilizar contra ameaças à saúde pública, entre elas o subfinanciamento. “Fiz questão de vir como cidadão comum, porque o SUS é fruto da mobilização das pessoas e, se não houver uma atitude contra as iniciativas que começam a surgir, vamos voltar atrás e ter uma saúde como antes, tratada como mercadoria.”
Estampada em cartazes e na ponta da língua de muitos manifestantes, uma das medidas consideradas ameaça ao SUS é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 451, que obriga patrões a pagarem planos de saúde aos seus empregados. “Precisamos defender o SUS desse turbilhão de ataques, precisamos lutar pelos direitos das mulheres, contra a privatização que essa PEC quer, por uma saúde pública de qualidade”, defendeu Estela Scandola, da Rede Feminista de Saúde.
A marcha faz parte dos eventos da 15ª Conferência Nacional de Saúde, que começou no dia 1º e vai até o dia 4/12. A conferência reúne representantes de todo o Brasil que trazem diretrizes montadas localmente para a construção de um documento nacional que será base do Plano Nacional de Saúde.

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