Ministério da Saúde divulga casos e óbitos de febre amarela

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Ministério da Saúde divulga casos e óbitos de febre amarela

Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul têm casos suspeitos da doença. Distrito Federal investigou e descartou os seis casos notificados
Novo informe do Ministério da Saúde, atualizado nesta sexta-feira (27), aponta que foram registrados 555 casos suspeitos de febre amarela. Do total, 442 casos permanecem em investigação, 87 foram confirmados e 26 descartados. Dos 107 óbitos notificados, 42 foram confirmados e 65 ainda são investigados. Os casos foram em Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal, que já descartou todos os casos notificados. Minas Gerais continua sendo o estado com o maior número de registros até o momento.
Para garantir a imunização da população das áreas de recomendação da vacina, o Ministério da Saúde reforçou o estoque estratégico com mais 11,5 milhões de doses. De forma imediata, a Fiocruz/Biomanguinhos repassará 6 milhões de doses ao Ministério da Saúde. Além disso, a fundação, que é veiculada à Pasta, possui 5,5 milhões de doses que serão entregues de acordo com as solicitações do Ministério.
Desde o início deste ano, o Ministério da Saúde tem enviado doses extras da vacina para febre amarela aos estados que estão registrando casos suspeitos da doença, além de outros localizados na divisa com áreas que tenham notificado casos. No total, 5,4 milhões de doses extras foram enviadas para cinco estados: Minas Gerais (2,9 milhões), Espírito Santo (1,05 milhão), Bahia (400 mil), Rio de Janeiro (350 mil) e São Paulo (700 mil). O quantitativo é um adicional às doses de rotina do Calendário Nacional de Vacinação, enviadas mensalmente aos estados, que totalizaram 650 mil no mês de janeiro.

Distribuição dos casos de febre amarela
notificados até 27 de janeiro:

UF

Notificados

Em investigação

Confirmados

Descartados

Municípios

MG3

504

402

834

19

53

ES

32

31

1

0

17

BA

7

6

0

1

3

SP

3

0

3

0

3

DF

6

0

0

6

1

GO1

2

2

0

0

2

MS2

1

1

0

0

1

Total

555

442

87

26

80

1Incluídos casos notificados pela SES
do DF com Local Provável de Infecção em Goiás.

2Incluído caso notificado pelas SES
de SC com Local Provável de Infecção em Mato Grosso do Sul.

3Incluídos casos notificados pelas
SES da BA, ES, GO, SP, SC e DF com Local Provável de Infecção em Minas Gerais.

4Excluído um caso notificado pela SES
DF com Local Provável de Infecção em Minas Gerais que permanece em
investigação.


Distribuição dos óbitos de febre
amarela notificados até 27 de janeiro:

UF

Notificados

Em investigação

Confirmados

Descartados

Municípios

MG2

100

61

393

0

26

ES

3

3

0

0

2

SP

3

0

3

0

3

GO1

1

1

0

0

1

Total

107

65

42

0

32

1Incluído óbito notificado pelas SES
do DF com Local Provável de Infecção em Goiás.

2 Incluídos óbitos notificados
pelas SES da BA e DF com Local Provável de Infecção em Minas Gerais.

3 Excluído um óbito notificado
pela SES DF com Local Provável de Infecção em Minas Gerais que permanece em
investigação.

DUAS DOSES – A vacinação de rotina é ofertada em 19
estados do país com recomendação para imunização. Todas as pessoas que vivem
nesses locais devem tomar duas doses da vacina ao longo da vida. Também
precisam se vacinar, neste momento, pessoas que vão viajar ou vivem nas regiões
que estão registrando casos da doença: leste de Minas Gerais, oeste do Espírito
Santo, noroeste do Rio de Janeiro e oeste da Bahia.

O Espírito Santo, Rio de Janeiro e parte da Bahia não são
áreas de recomendação para vacinação contra a febre amarela, por isso a recomendação
é de que sejam vacinadas as pessoas que moram próximas à divisa com o leste de
Minas Gerais. Não há necessidade de corrida aos postos de saúde, já que há
doses suficientes para atender as regiões com recomendação de vacinação.

O Ministério da Saúde enviou, nesta semana, uma equipe da
Força Nacional do SUS para auxiliar no atendimento aos pacientes com suspeitas
de febre amarela em Minas Gerais. Ao todo, são 10 profissionais que estão no
estado – entre médicos, enfermeiros e assistentes ” prestando assistência aos
casos da doença. Os profissionais somam esforços junto às equipes de vigilância
do Ministério da Saúde, que estão no estado desde o início do mês.

 Confira as áreas com recomendação de vacinação neste
momento:

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE- Em relação à nota da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a situação da febre amarela no território nacional, o ministério da Saúde reitera que todos os casos notificados até o presente momento são classificados no ciclo silvestre de transmissão e que o risco de reurbanização da febre amarela é muito baixo.

De acordo com dados do último levantamento rápido de índice de infestação pelo Aedes aegypti (Liraa), no final de 2016, 63% dos municípios que realizaram o levantamento apresentaram índices abaixo de 1%, considerado resultado satisfatório, de acordo com os parâmetros internacionais. Somente 8,6% dos municípios apresentaram índices acima de 4%, o que indica risco de epidemia para dengue.

Entretanto, para que se instale um ciclo urbano de transmissão da febre amarela, baseado no histórico das ultimas epidemias registradas na África, são necessários índices muito superiores, estimando-se, que naquelas ocasiões, tais índices superaram 50% de infestação pelo Aedes. Nenhum município brasileiro atingiu esses índices.

Ainda assim, o Ministério da Saúde, tem recomendado a intensificação das ações de controle vetorial em todos os municípios do país, não somente com o objetivo de evitar a reintrodução do ciclo urbano ” como visto, uma situação com baixa probabilidade de ocorrência  – mas, principalmente para evitar a ocorrência das epidemias das arboviroses urbanas (Dengue, Zika e Chikungunya).

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