Ministério da Saúde faz alerta para doenças respiratórias durante o inverno, principalmente gripe

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Ministério da Saúde faz alerta para doenças respiratórias durante o inverno, principalmente gripe

População deve estar atenta a sintomas e procurar o serviço de saúde mais próximo. Novo protocolo do Ministério da Saúde orienta profissionais de saúde sobre uso do medicamento fosfato de oseltamivir 

Com a chegada do inverno e a consequente queda das temperaturas, o Ministério da Saúde reforça as orientações à população para as doenças respiratórias, mais comuns nesta época do ano, principalmente nos estados das regiões Sul, Sudeste e parte do Centro Oeste. Entre essas doenças, uma das principais é a gripe, causada pelo vírus da Influenza, que ocorre predominantemente nos meses mais frios do ano.

Esse vírus apresenta vários subtipos diferentes que circulam, a cada ano, nas distintas regiões do mundo, produzindo a chamada gripe ou influenza sazonal, cujos sintomas mais comuns são febre, coriza, tosse, dor de garganta e mal estar. "A gripe tem início súbito e, na maior parte dos casos, tem cura espontânea, entre sete e dez dias, sem produzir complicações ou deixar sequelas", diz o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Jarbas Barbosa.

Ao apresentar sintomas de gripe, qualquer pessoa deve procurar o serviço de saúde mais próximo, evitando tomar medicamentos por conta própria, pois isso pode dificultar o diagnóstico.

Porém, atenção especial deve ser dada a determinados grupos mais vulneráveis, que têm maior chance de apresentar complicações como pneumonia e insuficiência respiratória, configurando um quadro denominado de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Entre esses grupos, estão pessoas com mais de 60 anos, crianças menores de dois anos, gestantes e portadores de algumas doenças crônicas debilitantes – como câncer, HIV/Aids e outras imunodeficiências, doenças autoimunes, diabetes, pneumopatias, obesidade e cardiopatias.

"Por isso, chamamos a atenção para a necessidade da rápida identificação e tratamento adequado das pessoas integrantes desses grupos que apresentem a síndrome gripal, a fim de evitar as complicações que podem surgir", alerta Jarbas Barbosa.

Recomendações para profissionais de saúde

O Ministério da Saúde divulgou, em sua página na internet, um novo protocolo de tratamento de casos de síndrome gripal e de SRAG, direcionado aos profissionais de saúde de todo o país. O documento estabelece as condutas que devem ser adotadas para o tratamento de pacientes com o medicamento fosfato de oseltamivir – disponível em todos os estados e nas 551 unidades do programa Farmácia Popular.

O Ministério recomenda o tratamento com oseltamivir para pessoas com síndrome gripal e que pertençam aos grupos mais vulneráveis às complicações, mesmo que não estejam com sinais de agravamento do quadro de saúde. Esse tratamento deve ser instituído o mais precocemente possível.

De acordo com o secretário Jarbas Barbosa, as novas recomendações baseiam-se em evidências geradas pelo tratamento de milhões de pessoas durante a pandemia de influenza de 2009. "O objetivo é garantir tratamento adequado para os casos de gripe, evitando complicações e mortes, especialmente diante das evidências de persistência da circulação do vírus H1N1, ainda que de forma secundária frente aos outros subtipos".

O oseltamivir também está indicado, preventivamente, para portadores de doenças crônicas, não vacinados, e que mantiveram contato com alguém que apresenta síndrome gripal, mesmo antes de apresentarem sintomas. Essa regra também é aplicada para indivíduos de instituições fechadas, como asilos, internatos e presídios. Os profissionais de saúde podem ler a íntegra do protocolo aqui.

Situação atual do vírus A H1N1

Em 2009, o mundo assistiu à ocorrência de um fenômeno chamado pandemia de gripe ou influenza, que tem se repetido em intervalos de décadas e que é produzido quando surge um novo vírus de influenza, geralmente a partir da mutação de vírus de influenza animal, suína e/ou aviária. Como nenhum ser humano possui imunidade a esse novo vírus, ele se espalha rapidamente por todos os países.

Naquele ano, a circulação rápida do vírus H1N1 e a vacinação realizada em todo o mundo produziram uma ampla imunidade entre as pessoas, o que determinou a drástica redução de sua circulação, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar o fim da pandemia em agosto de 2010. Desde então, o H1N1 circula de maneira restrita, sem causar epidemias, porém mantendo a capacidade de produzir casos graves, especialmente nas pessoas integrantes dos grupos vulneráveis.

No momento, como costuma acontecer com a aproximação do inverno, o número de casos de gripe vem aumentando. Vários tipos de vírus têm sido identificados, como os vírus Influenza tipo B, Influenza tipo A H3N2, vírus Sincicial Respiratório e também o H1N1, embora em menor quantidade.

"O vírus H1N1, diferentemente dos outros subtipos, pode produzir caso graves mesmo em jovens previamente saudáveis, além dos integrantes dos grupos vulneráveis. Por isso, os casos, mesmo que em número pequeno, devem receber uma atenção especial por parte dos serviços de saúde, e o tratamento com o oseltamivir instituído de acordo com o novo protocolo do Ministério", explica Jarbas Barbosa.

Casos de gripe causados pelo vírus H1N1 têm sido identificados em vários países, como Colômbia, Bolívia, Uruguai, Estados Unidos, Chile e também no Brasil. Até o momento, dois óbitos causados por este vírus foram confirmados no país, ambos no Rio Grande do Sul.

 

Orientações gerais para a população

Definição de Síndrome Gripal Paciente portador de doença aguda, com febre, mesmo que referida, mais tosse ou dor de garganta e pelo menos um desses sintomas: dor de cabeça, no corpo ou nas articulações.

Sinais de agravamento Dificuldade para respirar, persistência ou aumento da febre por mais de três a cinco dias (podendo indicar pneumonia), piora de gastrointestinais (como vômito e diarreia).

Orientações para pessoas com sintomas de gripe Pessoas com síndrome gripal, pertencendo ou não aos grupos mais vulneráveis, devem ser afastadas temporariamente de suas atividades de rotina (trabalho, escola) por sete dias, a partir do início dos sintomas, e orientadas a ficar atentas a todas as manifestações clínicas de agravamento. Se persistirem ou se agravarem algumas das queixas em até dois dias depois da primeira consulta, o paciente deve retornar imediatamente ao serviço de saúde.

Medidas preventivas de eficácia comprovada
Algumas medidas devem ser amplamente adotadas:
• Higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool gel, principalmente depois de tossir ou espirrar; depois de usar o banheiro, antes de comer, antes e depois de tocar os olhos, a boca e o nariz;
• Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies potencialmente contaminadas, como corrimãos, bancos, maçanetas, etc.;
• Evitar proteger a tosse e o espirro com as mãos, utilizando, preferencialmente lenço de papel descartável;
• Manter hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física.
• Pessoas com síndrome gripal devem evitar contato direto com outras pessoas, aglomerações e ambientes coletivos.

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