Nova técnica permite operação de próstata por um corte de dois centímetros

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Nova técnica permite operação de próstata por um corte de dois centímetros

Uma nova técnica minimamente invasiva para cirurgia da próstata começou a ser usada no Brasil. A primeira operação desse tipo no país foi feita pelo Centro de Referência em Saúde do Homem, da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, na capital paulista.

A técnica permite que o paciente tenha a glândula operada por meio de um único furo de dois centímetros feito abaixo do umbigo, por onde entram um aparelho chamado de single port e uma câmera.

De acordo com o médico urologista do Centro de Referência em Saúde do Homem, Fábio Vicentini, a técnica é aplicada especificamente para próstatas grandes, que não podem ser operadas pelo método convencional: com acesso pelo canal da uretra. Normalmente a próstata aumentada é operada por um corte grande ou por laparoscopia com quatro ou cinco cortes menores. A técnica é indicada para homens com a próstata pesando 100 gramas. O peso normal é o de 15 a 20 gramas.

“Essa cirurgia é um avanço porque conseguimos fazer com um corte de dois centímetros uma cirurgia tão eficiente quando a aberta, só que mais rápida, com menor sangramento, menos dor. Outro ponto positivo da utilização dessa técnica é a diminuição dos custos, porque o paciente recebe alta no dia seguinte à operação, por isso o custo com a internação e os medicamentos ficam em torno de R$ 1,2 mil por paciente”.

Vicentini disse que fora do país o sigle port foi utilizado pela primeira vez nos Estados Unidos. Segundo ele, o método já está implantado no Centro de Referência em Saúde do Homem. Por mês são realizadas cerca de 40 operações de próstata no hospital. Dessas 10 são de próstata aumentada.

“Essa não é uma doença que mata, mas o desconforto é grande porque dificulta muito na hora de urinar. A qualidade de vida do paciente cai muito e muitas vezes ele tem que usar uma sonda porque a urina não sai.  Sem tratamento essa doença pode afetar a bexiga e os rins, podendo se tornar uma doença grave”.

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