Evento marcou o início do semestre da Unipampa, em Dom Pedrito, e teve apoio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) e Secretaria Estadual da Saúde
Diante da invisibilidade dos efeitos provocados por agrotóxicos, a Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) retomou a exposição do tema em suas caravanas de 2018. Na quinta-feira (15/03), Dom Pedrito recebeu uma palestra ministrada pela bióloga Vanda Garibotti e pela médica Virgínia Dapper.
– O Rio Grande do Sul é um dos principais consumidores de agrotóxicos e o estado com o maior índice de subnotificações. O impacto crônico dos defensivos agrícolas é o que mais preocupa, pois é mais invisível. Estudos e organizações mundiais já relacionam diversas doenças com o consumo destes produtos. Por isso, devemos reconhecer o agrotóxico como potencial risco ” destacou Virgínia.
A exposição do produto foi trazida por Vanda, que apontou duas formas de contato, na aplicação direta da lavoura e também no ambiente urbano.
– O agrotóxico está sendo usado de forma banalizada e não se tem muita noção do risco destes produtos à saúde. Na cidade, ele está presente em inseticidas e raticidas, por exemplo. No entanto, os alimentos e até mesmo a água podem ter algum resíduo destes produtos ” explanou a bióloga.
Com base nestas informações, as palestrantes reforçaram que é preciso investir também na promoção de conhecimento sobre o assunto nas universidades, motivo pelo qual foi realizada a Caravana para os acadêmicos da Unipampa. No ano passado, houve uma edição semelhante no município, porém voltada aos profissionais de saúde.
A Caravana AMRIGS deve voltar a Dom Pedrito em maio, para falar sobre bipolaridade, comportamento suicida e drogas.