Pediatras esclarecem marcos do desenvolvimento de bebês

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Pediatras esclarecem marcos do desenvolvimento de bebês

Estímulos devem ocorrer, mas de forma a respeitar o ritmo da criança
Durante o primeiro ano de vida do bebê, é normal que os pais demonstrem preocupação quanto aos marcos do seu desenvolvimento. Os médicos da Sociedade de Pediatria do RS, Lúcia Diehl e Renato Santos Coelho, explicam o que pode ser considerado natural durante este processo. 
As primeiras ações dos bebês iniciam pelos dois meses, quando a criança já consegue levantar a cabeça em um ângulo de 30°. Aos quatro meses, o bebê mantém a cabeça fixa a um ângulo de 90°. Como consequência, a criança tem capacidade de rolar sozinha, o que deve ocorrer até o quinto mês de vida.
Entre os cinco e sete meses, o bebê deve sentar sem apoio, ou utilizar os braços para se apoiar nas laterais. Ao chegar ao oitavo mês, a criança deve estar com a coluna na posição e se firmar sozinha. É no mês seguinte que ela também vai ficar em pé se apoiando nos móveis. O período ideal para começar a andar é entre onze meses e um ano e quatro meses de vida. No entanto, isto só vai ocorrer quando a criança tiver plena sensação de equilíbrio e noção espacial.
O engatinhar pode ocorrer com nove meses, segundo informa a pediatra Lúcia. No entanto, Renato afirma que o ato não deve ser considerado um marco do desenvolvimento, visto que muitas crianças aprendem a ficar em pé e andam diretamente.
– Os pais devem estimular sempre seus filhos, mas é preciso respeitar o ritmo do bebê, e, para isto, deve haver interação, que é a troca entre o cuidador e a criança. Este momento é quando o bebê está consciente e responde aos incentivos – comenta Coelho.
O pediatra reforça que o estímulo não vai adiantar as ações do bebê, vai apenas fazer com que seu potencial seja demonstrado. Por outro lado, se a criança é pouco estimulada e possui um comportamento passivo, pode ter algum atraso no seu desenvolvimento. 
– Se o bebê não realizar estas atitudes com a idade prevista, o melhor é conversar com um pediatra, que avaliará globalmente seu desenvolvimento. Um item em atraso não deve causar pânico, apenas ser bem avaliado – explica Lúcia.
Renato acrescenta, ainda, que não se deve acreditar na máxima de que cada criança tem o seu tempo. Segundo o pediatra, existe uma questão biológica, que determina um prazo natural para o desenvolvimento dos bebês. 

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