Muitos brasileiros apresentam problemas respiratórios, como asma e bronquite. No entanto, um alto percentual de pessoas não sabe distinguir os sintomas. Para saber o índice de compreensão da população sobre as doenças respiratórias, a empresa farmacêutica Boehringer Ingelheim do Brasil encomendou ao Ibope uma pesquisa nacional.
De acordo com a pesquisa realizada com 2010 pessoas entre maio e junho de 2015, 44% dos brasileiros apresentam sintomas respiratórios (tosse, falta de ar, chiado no peito e coriza), que podem ser manifestações de doenças como asma, bronquite, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica). Desta parte da população, 35% disseram ter asma e 37% afirmaram sofrer de bronquite crônica.
Segundo o Dr. Clystenes Odyr Soares, professor de pneumologia da UNIFESP-EPM, que analisou a pesquisa: “nos chamou atenção a grande quantidade de pessoas que disseram ter “bronquite crônica”, sendo que esta doença é bem menos frequente e está relacionada a anos de tabagismo. Por isso, é bem provável que a “bronquite crônica”, mencionada nos resultados, na verdade, seja “asma” ” principalmente se os primeiros sintomas surgirem ainda na infância, como é o caso de 73% dos entrevistados que responderam ter bronquite”.
Estes dados comprovam a importância em visitar o médico assim que os sintomas surgirem. Ele indicará qual é o problema e o tratamento que deverá ser realizado.
O infográfico acima mostra a maior prevalência de sintomas respiratórios na população residente dos estados ao sul do país. A razão pode ser explicada pelas baixas temperaturas da região e a baixa umidade relativa do ar, consideradas de risco para o funcionamento adequado das vias aéreas e do aparelho respiratório.
A presença de sintomas respiratórios também difere entre sexo: 39% dos homens e 46% das mulheres responderam ter tido a saúde afetada por este tipo de doença. “Essa prevalência maior entre mulheres adultas corresponde aos dados publicados em estudos já bem conhecidos pelos médicos. Em um grande estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde), por exemplo, realizado em nove países em desenvolvimento, estimou-se que 50-60% dos indivíduos que procuraram as UBS (Unidades Básicas de Saúde) eram mulheres. Portanto, é importante que a população feminina esteja atenta às alternativas de controle e tratamento de doenças respiratórias”.