Evento discutiu soluções e desafios para a capital gaúcha com a participação de quatro postulantes ao cargo de líder do Executivo Municipal
Por mais de duas horas, quatro dos principais candidatos para a Prefeitura de Porto Alegre debateram no Teatro AMRIGS os projetos e os recursos para o município. Realizado pela Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), pela Rádio Guaíba e pelo jornal Correio do Povo, com apoio do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), o evento iniciou, ao vivo, às 13h10min desta quarta-feira, 25 de setembro, e se estendeu até às 16h. A programação incluiu temas gerais, com um bloco específico dedicado à saúde, e contou com a participação do presidente da AMRIGS, Dr. Gerson Junqueira Jr., e do presidente do SIMERS, Dr. Marcos Rovinski.
A primeira parte foi dedicada a temas livres, com perguntas e respostas entre os participantes. Foram abordados assuntos como proteção contra enchentes, obtenção de recursos federais, concessões, privatizações, transporte público e mobilidade urbana.
Debate sobre Saúde
O segundo bloco focou no setor da saúde. O presidente da AMRIGS, Dr. Gerson Junqueira Jr., ressaltou a sobrecarga nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade, que refletem as necessidades de uma população de aproximadamente 1,4 milhão de habitantes. Ao questionar os candidatos, os mesmos responderam por sorteio: “Hoje, para situações de urgência e emergência clínica, adulto quanto pediátrica, Porto Alegre dispõe de uma UPA, uma sala de crise e três prontos atendimentos – Bom Jesus, Cruzeiro do Sul e Lomba do Pinheiro. Mesmo operando 24 horas por dia, 7 dias por semana, a rede está sobrecarregada. Quais são os seus planos para melhorar o atendimento de urgência e emergência em seus futuros mandatos? Perspectivas de investimentos? Manutenção das parcerias público-privadas do setor?”
Maria do Rosário
“Acredito firmemente na eficácia do SUS como um sistema integrado. Isso exige repensar a atenção básica e especializada de forma articulada, promovendo uma relação mais fluida entre os diferentes níveis de atendimento. É essencial aprimorar a referência e a contra-referência nos hospitais, pois falhas de comunicação prejudicam o atendimento, resultando em desperdício de recursos e tempo. Fortalecer essa articulação nos permitirá oferecer um atendimento mais eficiente e humanizado, garantindo que cada cidadão receba o cuidado que merece”.
Sebastião Melo
“O SUS, desde sua criação, é um sistema tripartite, mas enfrenta sérios desafios. A universalidade do SUS é crucial, pois a dor não conhece fronteiras. Contudo, é necessário esclarecer: de quem é a responsabilidade pelo sistema? Do prefeito de Porto Alegre ou do Governo do Estado? O programa Assistir, que implementa métricas de produção, expõe a disparidade entre hospitais de porta fechada e aberta, sendo o último até dez vezes mais caro. A Grande Porto Alegre sofreu um desajuste no sistema, resultando na retirada de mais de R$ 200 milhões da região. O que resta aos cidadãos? Procurar atendimento na UPA da Bom Jesus.”
Juliana Brizola
“Estou aqui com profissionais que conhecem de perto os desafios da saúde e têm a expertise necessária para resolvê-los. Não é por acaso que meu vice, Dr. Thiago, já identificou essas questões há tempos. Comprometemo-nos a garantir a proporcionalidade nos atendimentos e traremos inovação por meio da telemedicina, mas de forma diferenciada. Vamos também incentivar médicos recém-formados a atenderem pelo SUS, preenchendo as lacunas de especialistas e eliminando filas.”
Felipe Camozzato
“Prevenir tem um custo muito menor do que remediar. Por isso, a Atenção Primária é essencial para detectar e monitorar os primeiros sintomas, considerando o histórico familiar do paciente. A tecnologia, como a telemedicina, nos ajuda a ser mais eficientes, fornecendo dados e informações valiosas. Ela facilita desde a triagem até a resolução de problemas simples, otimizando o atendimento. Pesquisas acadêmicas, como as da UFRGS, já utilizam inteligência artificial para identificar sintomas precocemente e direcionar os pacientes para diagnósticos mais completos”.
Reconstrução de Porto Alegre
O terceiro bloco focou na reconstrução da cidade após as cheias. Os candidatos trocaram perguntas sobre serviços preventivos, sistemas de alerta, manutenção de equipamentos, retomada da estrutura do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) e outros temas relacionados.
Encerramento
Os blocos finais foram de tema livre, com perguntas e respostas entre os candidatos. Foram discutidos assuntos como a valorização da região central de Porto Alegre, a recuperação de estruturas históricas e o combate à corrupção.
A íntegra da transmissão está disponível no canal do YouTube da AMRIGS.
Fonte: Marcelo Matusiak
Fotos: Ana Carolina Lopes/ASCOM AMRIGS
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Uma resposta
Parabéns pelo evento 😃. Consigo ver no Sebastião Melo uma clara paixão pela cidade e realismo no que se propõe a fazer. É engraçado (ou seria triste? ) ver as candidatas Juliana e, notadamente, Maria do Rosário apresentarem como propostas para solução ações que já deram voto contrário em suas experiências legislativas. Não se deve brincar com o cidadão. Ao contrário do atual prefeito, vi em ambas candidatas que estão apenas concorrendo pra usar o fundo partidário e, depois, voltam para os seus mandatos. Isso deveria ser proibido. O pessoal do Novo até parece ter boa intenção… Torço para que POA tenha um bom futuro. Parabéns, mais uma vez e obrigada 🙏🤩🥰