Os residentes definiram as primeiras atividades dentro da paralisação do dia 29 de junho, que cobrará a reedição urgente de uma Medida Provisória (MP) pelo governo federal para recompor o reajuste da bolsa-auxílio e outros avanços sobre os auxílios moradia e alimentação e reajuste anual. O aumento, que vinha sendo pago desde janeiro e foi conquistado na greve histórica da categoria em 2010, deixou de valer desde o começo de junho. Um impasse entre a base governista e a oposição na Câmara dos Deputados impediu a votação da MP.
Em Porto Alegre, os pós-graduandos dos programas de residência do GHC, do Clínicas e da Santa Casa farão concentração a partir das 10h em frente ao Clínicas. A direção da Associação dos Médicos Residentes do RS (AMERERS) incentiva os médicos a portarem faixa preta no braço em sinal de protesto. Uma assembleia ocorrerá às 12h no local para decidir os próximos passos da mobilização. Paralisações também foram aprovadas no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
Paralisações pelo País:
– Minas Gerais: param as atividades entre 7h do dia 29 e 7h do dia 30, mantendo 30% dos médicos residentes em setores de Urgência/Emergência/CTI. Às 10h do dia 29, eles se concentram em frente ao Hospital das Clínicas da UFMG, em Belo Horizonte. Nova plenária ocorre em 5 de julho, às 19h30.
– Rio de Janeiro: paralisam no dia 29.
ENTENDA O ATUAL MOVIMENTO
Os médicos residentes gaúchos aprovaram, em assembleia no dia 13, no Hospital de Clínicas em Porto Alegre, a paralisação de um dia. A plenária decidiu ainda propor a deflagração de uma greve a partir de 5 de julho, caso o governo federal não reedite nova MP. A correção de 22% no benefício foi obtida após grande movimento em 2010. O valor estav congelado havia mais de quatro anos.
“Temos de mostrar força e exercer pressão para garantirmos as conquistas do movimento de 2010”, incentiva o presidente da AMERERS, Diego Menegotto, lembrando que a organização do protesto começa já. O secretário-geral da ANMR, Natan Katz, destaca que a luta de agora também busca assegurar a inclusão no novo texto da MP das alterações propostas pela deputada Jandira Feghali e aprovadas pela Câmara dos Deputados e que retomam o direito à moradia e alimentação e a possibilidade de reajuste anual.
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