Assunto foi abordado durante a edição da Caravana AMRIGS na região das Missões
Atualmente, a cirurgia de retirada das amígdalas e adenoides tem garantido às crianças um sono mais tranquilo, sem paradas respiratórias causadas pela apneia. No entanto, um artigo divulgado pela mídia, apontando como principal consequência a realização do procedimento na infância o surgimento de asma e doenças respiratórias na vida adulta, transformou o assunto em um problema social.
O tema pautou a Caravana AMRIGS, que ocorreu na sexta-feira (29/06), em São Luiz Gonzaga. Na ocasião, o professor titular de otorrinolaringologia da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Moacyr Saffer, explicou aos profissionais de saúde quais são as consequências da remoção dos tecidos.
– A obstrução da respiração nas crianças, causada pelas amígdalas e adenoides, em uma fase na qual as células estão se multiplicando, não é boa. Quando o adulto não dorme bem, tem sonolência durante o dia. Quando a criança não tem uma boa noite de sono, elas manifestam isso através da hiperatividade, que muitas vezes pode ser confundida com deficit de atenção ” explicou.
Com relação às possíveis infecções respiratórias na vida adulta, o médico afirmou que as dosagens imunológicas feitas antes e após a cirurgia não comprovaram deficit imunológico, como prevê o estudo divulgado pela imprensa. Questões ambientais, como exposição à poluição também não foram considerados na pesquisa.
O remodelamento da mucosa nasossinusal foi outro assunto abordado. De acordo com o palestrante da Caravana AMRIGS, é muito simples observar pelo próprio nariz o surgimento da mucosa, que também afeta os seios da face e, muitas vezes, é confundida com sinusite.