A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS), por meio das equipes Vigilância das Doenças Transmissíveis e de Roedores e Vetores da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (EVDT/EVRV-CGVS), emitiu alerta epidemiológico à rede de serviços de saúde da Capital orientando para procedimentos a serem adotados diante de suspeita de infecção por zika vírus. O documento foi emitido a partir das evidências de transmissão sexual do zika vírus que vêm sendo publicadas em artigos científicos e referendadas por Instituições nacionais e internacionais de Saúde, somadas ao fato de ter havido transmissão autóctone de zika em Porto Alegre.
No alerta epidemiológico, é enfatizado que não há como dimensionar o quanto o vírus circulou na Capital, uma vez que as manifestações clínicas podem ser brandas ou até inexistentes. “Com a possibilidade de transmissão sexual, somada à transmissão vetorial, a circulação viral poderá ser de grande magnitude em um futuro próximo, sendo que as grávidas e mulheres que pretendem engravidar devem receber especial atenção de toda a rede de serviços de saúde”, destaca o documento, enfatizando a importância de os profissionais de saúde orientarem os pacientes sobre a possibilidade da transmissão sexual do zika vírus.
Entre as orientações preventivas que vêm sendo preconizadas em âmbito internacional e nacional, incluindo a Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde brasileiro, destacam-se a necessidade de homens e mulheres com suspeita de zika vírus receberem informações sobre o risco de transmissão sexual e a oferta de preservativos. Nos casos confirmados da doença, o uso do preservativo é recomendado por seis meses. Além disso, todas as pessoas que estiveram (ou se dirigirem a) em área de grande circulação viral da doença usem preservativos por até oito semanas após o retorno a Porto Alegre, mesmo não apresentando sintomas.
O Alerta Epidemiológico foi emitido considerando a proximidade de datas e períodos emblemáticos, como o Dia dos Namorados, o período de férias de inverno, com viagens para fora do Estado ou áreas com transmissão viral e a realização dos Jogos Olímpicos com aumento da circulação de pessoas de outros países.
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