SBC denuncia que a ?facilitação? do exame para que formados em Medicina no exterior tenham diploma validado é um risco à população brasileira

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SBC denuncia que a ?facilitação? do exame para que formados em Medicina no exterior tenham diploma validado é um risco à população brasileira

A Sociedade Brasileira de Cardiologia denuncia que a anunciada “facilitação” do exame para que formados em Medicina no estrangeiro e especialmente em Cuba tenham seu diploma validado, poderá por em risco a saúde da população brasileira.

A manifestação da SBC vem a propósito da notícia de que após o retumbante fracasso do “teste-piloto” de legitimação dos diplomas, em que de 628 “médicos” 626 foram reprovados, a Secretaria de Educação Superior do MEC promete preparar novo edital para dar mais uma oportunidade, com nota de corte mais baixa e ainda estuda fazer com que o teste teórico deixe de ser eliminatório.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Jorge Ilha Guimarães, basta olhar os sites que anunciam na Internet “Curso de Medicina em Cuba, México e Bolivia – sem vestibular – dicas grátis”, para ficar patente que os milhares de jovens que se inscrevem nesses cursos são os que não conseguiram entrar nas Faculdades de Medicina do Brasil, “mesmo naquelas que tem sido por nós criticadas por deixarem a desejar na qualidade de ensino”.

Jorge Ilha diz que a pressão política pela revalidação dos diplomas não pode superar a análise isenta e técnica da capacidade desses estudantes que “procuram um caminho fácil para que possam exercer uma profissão difícil e extremamente exigente”.

O cardiologista afirma que fala em nome dos 12 mil cardiologistas associados à SBC, que se sacrificaram ao cursar por seis anos uma Faculdade, que se esforçaram no exigente trabalho da Residência Médica e que, depois disso, se sujeitaram ao abrangente exame promovido pela SBC, para que só então pudessem receber da Associação Médica Brasileira o “título de especialista”, garantia oficial ao cliente de que o profissional que o atende está plenamente capacitado.

A esperança do cardiologista é que a Justiça, que tradicionalmente vem barrando as várias tentativas de liberar os jovens formados em Medicina no exterior para trabalharem no Brasil, impeça o que chama de “mais uma tentativa de aviltar uma das mais nobres profissões, muitas vezes apontada corretamente como verdadeiro sacerdócio”.

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