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Simpósio AMRIGS avalia cenário atual da pandemia e solicitação do passaporte vacinal

Movimentos estruturados contrários à vacinação preocupam

A hesitação em relação a vacina e o movimento antivacina são, na atualidade, os maiores desafios a serem superados. A constatação é da Organização Mundial de Saúde (OMS), mas vem sendo sentida por todos os profissionais da área da saúde. O cenário no Brasil tem avanço significativo de imunização, mas também dados ainda preocupantes de pessoas que não se vacinam.

Com a recente flexibilização dos protocolos de prevenção à COVID-19 e a liberação de eventos abertos ao público, diversos espaços estão exigindo o passaporte vacinal como forma de minimizar a transmissão do vírus. O Simpósio da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) sobre essa comprovação foi realizado de forma online na noite de quinta-feira (25/11).

O médico infectologista, Fabiano Ramos, fez um resgate histórico da vacinação no Brasil e levantou fatores que explicam a alta adesão da população brasileira à imunização.

“O benefício das vacinas é indiscutível, mas ainda preocupa que a cobertura vacinal brasileira esteja em queda. A maioria das pessoas é suscetível a convencimento. Como conclusão, vemos que a educação é a melhor ação a ser tomada”, disse.

A médica de Família e Comunidade, Cynthia Molina, discorreu sobre pacto coletivo, demonstrando como foi implantado o protocolo e porque é importante a ampla vacinação para o controle da pandemia. A palestrante chamou a atenção para piadas que viraram rotina com a vacinação, mas que não são nem um pouco preocupantes como acontece com a propagação de notícias falsas ou supostos estudos que são contrários à imunização.

“O movimento antivacina não é a piada do chip que supostamente seria implantado na gente e nem a brincadeira de que vamos virar jacaré. O problema é algo que é difundido como sendo lógico e científico e se estrutura em cima disso”, disse.

O juiz de Direito, Dr. Eugenio Couto Terra, representou o Tribunal de Justiça do RS no evento. Em sua fala, destacou a importância da troca de conhecimento entre advogados e médicos.

“Em termos de legislação, o passaporte vacinal poderia ser obrigatório neste momento, mas a pressão e o interesse econômico fazem um movimento contrário. É claro que o fator econômico é importante, mas há que se reconhecer que é preciso cuidado”, disse.

O encontro foi mediado pelo diretor Científico e Cultural da AMRIGS e especialista em cirurgia vascular, Guilherme Napp.

Fonte: Marcelo Matusiak
Foto: AMRIGS 

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