Artigo de Opinião: Presidente da AMRIGS, Gerson Junqueira Jr.
Quando teve início a pandemia da COVID-19, a maior dificuldade para toda comunidade médica e científica era lidar com o desconhecido. Estamos superando esse quadro que foi tão difícil para toda população mundial.
Agora, no Brasil, estamos lidando com um velho e antigo problema e que pode, sim, ter sido agravado por conta dos efeitos do isolamento social e das restrições impostas pela pandemia. Mas o que o mosquito tem a ver com a COVID? Durante os últimos dois anos, dezenas de agentes que fiscalizam residências em um trabalho importante de prevenção e conscientização, ficaram impossibilitados de adentrarem nas moradias. Os focos do mosquito transmissor se proliferaram e a doença que estava razoavelmente sob controle, voltou com força.
Municípios passam por surtos preocupantes. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde há um expressivo aumento de casos e é fundamental prestar orientações a profissionais e a população. De acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS), 7.982 casos de dengue foram contabilizados em 2022 no Estado até 12 de abril — cinco pessoas já morreram. No mesmo intervalo do ano passado, foram 3,9 mil casos, com três mortes. Atualmente, 435 dos 497 municípios gaúchos já registraram casos de dengue, o maior número desde que o governo estadual começou a monitorar a doença, em 2000.
Nesse contexto, o grande diferencial é que conhecemos o inimigo. Sabemos como combater o problema. Basta ser consciente. O mosquito que transmite a dengue se prolifera em locais com água parada, por isso eliminar esses focos é um cuidado essencial para evitar que o mosquito se reproduza.
Fique atento, mantenha pratos de vasos de flores e plantas com areia; guarde garrafas com a boca virada para baixo; limpe sempre as calhas dos canos; não jogue lixo em terrenos baldios; mantenha baldes, caixas d´água e piscinas sempre tampados e não deixe pneus ao abrigo da chuva e da água. Fure latas de alumínio antes de serem descartadas para não acumular água; lave bebedouros de aves e animais pelo menos uma vez por semana.
Se você identificar um terreno baldio com lixo acumulado e objetos com água parada, faça a sua parte, avise a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa no telefone 0800 642 9782 ou ligue para prefeitura da cidade.
Presidente da AMRIGS, Gerson Junqueira Jr.
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