A Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), junto à Associação Médica Brasileira (AMB), manifesta apoio à “Carta aberta – Médicos pelo meio ambiente e pelo clima”, publicada pela Associação Paulista de Medicina (APM), que alerta para os impactos das mudanças climáticas no bem-estar da população.
O documento destaca que fenômenos como desastres naturais, poluição, escassez de água, insegurança alimentar e doenças relacionadas ao calor já representam graves ameaças à saúde pública, exigindo maior mobilização de profissionais e entidades médicas em prol da preservação ambiental.
A posição da AMRIGS está alinhada às iniciativas que a entidade vem promovendo neste campo. Em abril de 2025, a Associação relançou sua revista científica, agora intitulada Trends In Health Sciences. A edição inaugural teve como tema “Saúde Planetária”, e reuniu contribuições de pesquisadores do Brasil e do exterior sobre os efeitos das mudanças climáticas na saúde global. Acesse os artigos aqui.
Com este apoio, a Associação Médica do Rio Grande do Sul reafirma seu compromisso com a disseminação do conhecimento científico e com a construção de políticas e práticas médicas que considerem o cuidado individual e a preservação do meio ambiente como parte essencial da boa qualidade de vida das pessoas.
Confira abaixo a carta na íntegra:
Carta aberta – “Médicos pelo meio ambiente e pelo clima” (APM)
O aquecimento global e as mudanças climáticas são uma realidade presente, que afeta a saúde individual e coletiva de todos, causando adoecimento, agravamento de doenças e mortes.
Os impactos na saúde envolvem os desastres naturais, as doenças relacionadas ao calor, as doenças infecciosas, a poluição e a qualidade do ar, a poluição dos oceanos pelos microplásticos, a poluição ambiental por resíduos sólidos, a segurança alimentar, a qualidade e escassez da água e a saúde mental.
Cabe aos médicos e aos serviços de saúde, no fim das contas, atender e se encarregar das vítimas e das pessoas afetadas na forma de doenças causadas pelas emergências climáticas e pela degradação ambiental.
Os médicos têm credibilidade, legitimidade e autoridade para falar sobre as consequências das alterações ambientais sobre a saúde, esclarecendo as pessoas, esclarecendo a opinião pública, esclarecendo os agentes de saúde e propondo políticas de saúde públicas e privadas.
Além do mais, o setor saúde, por si só, é um grande emissor de gases de efeito estufa, um grande consumidor de energia e produtor de lixo e como tal contribui para o aquecimento global.
É um imperativo ético os médicos se envolverem na luta contra o aquecimento global, seja individualmente na sua prática clínica e profissional, seja nos hospitais e serviços médicos em que trabalham, seja coletivamente através das entidades representativas da classe médica e suas especialidades.
Conclamamos a todos os médicos, às entidades de classe, às sociedades de especialidades médicas, aos representantes de hospitais públicos e privados e aos demais representantes do setor da saúde a participação nessa batalha.
Vamos juntos cumprir nossa missão e nosso papel na preservação do meio ambiente, na luta contra as alterações climáticas e na preservação e prevenção da saúde individual e coletiva.
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