?Café com Política? da Unimed analisa cenário da saúde no Brasil

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?Café com Política? da Unimed analisa cenário da saúde no Brasil

O médico Gonzalo Vecina Neto, superintendente do Hospital Sírio Libanês desde 2007 e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ” ANVISA, foi o palestrante do tradicional “Café com Política” da Unimed/RS, realizado na última sexta-feira (14), no anfiteatro da Federação Unimed/RS, em Porto Alegre. A atividade foi conduzida pelo presidente da Unimed, Nilson Luiz May, e contou com a participação do secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, do presidente da AMRIGS, Alfredo Floro Cantalice Neto, e do diretor administrativo do Instituto Unimed, Alcides Mandelli Stumpf.
Vecina abriu sua apresentação “Cenário e Perspectiva da Saúde no Brasil” mostrando como a Saúde é complexa e exige, muitas vezes, uma abordagem intersetorial que, cada vez mais, cobra de seus líderes um conhecimento que vai muito além das habilidades e técnicas ensinadas hoje nos bancos das universidades. Ao abordar as transformações no setor, falou sobre uma “nova medicina” que se apóia na revolução tecnológica, como a nanotecnologia, a biotecnologia, as TIC”s (Tecnologias da Informação e Comunicação), ciências da cognição e manipulação genética.
A inflação preocupa. De acordo com o superintendente do Sírio Libanês, a alta do dólar impacta diretamente nos insumos e equipamentos tecnológicos usados na saúde, mas faz uma ressalva. “A partir da metade de 2016, a maioria dos indicadores apontam que poderá ser possível restabelecer a confiança da sociedade na economia, ou seja, caberá ao setor de saúde, principalmente a suplementar, estar pronto para aproveitar esse momento”.
Perguntado pelo presidente da AMRIGS, Alfredo Cantalice, sobre o decreto do Executivo nº 8.497/15, que regulamenta a formação do Cadastro Nacional de Especialistas, Vecina acredita em um recuo do Ministério da Saúde e afirmou que um tema dessa envergadura precisa de uma discussão mais aprofundada, que envolva todos os interessados, como as entidades médicas, universidades e hospitais.
O palestrante atuou como Secretário Municipal de Saúde de São Paulo, entre 2003 e 2004, e conhece bem o Sistema Único de Saúde – SUS. Segundo relata, a concepção do SUS está correta, mas faz ressalvas. Mesmo sendo um bom programa de saúde pública, precisa ser aperfeiçoado no dia a dia, em um debate que envolva toda a sociedade e do qual participe, também, o setor de medicina suplementar. “É necessário pensar em um modelo assistencial de acordo com as necessidades. É preciso aumentar a eficiência no sistema de Saúde. Fazer mais com menos”, afirmou. E mais, o cenário sanitário apresenta transformações radicais e traz novos desafios, que precisam ser enfrentados pela sociedade, como o aumento da longevidade, do número de nascimentos e o enfrentamento de doenças epidemiológicas.
Promovido pelo Instituto Unimed, o evento é realizado há 13 anos, com a presença de lideranças de todo o Estado. 

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