Caravana AMRIGS Porto Alegre reúne mais de duzentas pessoas

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Caravana AMRIGS Porto Alegre reúne mais de duzentas pessoas

A Caravana AMRIGS ocorrida em Porto Alegre, na manhã desta sexta-feira, 22, com o tema “Prevenção do Suicídio”, reuniu em torno de duzentas pessoas no auditório do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Porto Alegre (CPOR). A proposta do encontro foi o debate sobre um dos fatores de risco mais relevantes na sociedade: a prevenção, o auxílio e o tratamento dos agentes causadores do suicídio.
 
Na foto: representantes do Exército Brasileiro. 
O primeiro palestrante foi o psicólogo e mestre em Cognição Humana pela PUCRS, Dr. Eduardo Guimarães. Ele destacou que toda a sociedade é cuidadora e deve ter conhecimento sobre os riscos e as formas de prevenção do suicídio. “Quanto mais falarmos sobre este assunto, mais os tabus serão quebrados e as dúvidas serão sanadas. Expressar emoções não significa expressar fraquezas e as pessoas podem auxiliar de forma técnica os indivíduos que estão passando por problemas e, por ventura, estejam pensando em se suicidar”, disse. Guimarães ressaltou que é comum o ser humano sofrer com as adversidades diárias, contudo, é preciso ficar atento aos sinais de forte desespero ou desânimo em virtude destes problemas.
Na foto: Psicólogo Eduardo Guimarães.
O segundo palestrante foi o psiquiatra Sérgio Louzada. Em sua palestra ele destacou os números envolvendo o suicídio entre os jovens brasileiros, sendo o terceiro lugar entre as causas de morte. Os fatores sociodemográficos e ambientais também foram abordados. Segundo Louzada, os homens cometem mais suicídio e as mulheres cometem mais tentativas. 
Quanto à prevenção do suicídio, Louzada ressaltou que é necessário que hajam melhores condições para que jovens e crianças tenham um tratamento efetivo dos distúrbios mentais, além do controle dos fatores de risco e o aumento da percepção e disseminação da informação adequada no envolvimento de grupos profissionais e sociais como os educadores, os agentes sociais, os comunicadores, as famílias e a comunidade. Atualmente, a cada 100 habitantes, 17 pensam em cometer suicído. Destes, 5 planejam a ação, 3 cometem a tentativa e 1 é atendido em pronto-socorro”, afirmou.
Na foto: Psiquiatra Sérgio Louzada.
Louzada elencou os grupos de diagnósticos, em ordem decrescente, para o risco de suicídio:
– Transtorno bipolar;
– Depressão;
– Transtorno de personalidade;
– Alcoolismo;
– Esquizofrenia;
– Transtorno mental orgânico;
O palestrante fez uma diferença antre a tentativa e o ato consumado do suicídio: “Para haver a tentativa, há um misto de sentimentos como a impulsividade e a agressividade; já o ato consumado envolve a impulsividade e a depressão”, destacou.
Louzada fez, ainda, um alerta importante. Ele afirmou que o indivíduo que comete uma tentativa de suicídio tem 40% a mais de chances de recaída do que uma pessoa que não praticou a tentativa. Ele ressaltou que a sociedade tem papel importante na discussão de medidas públicas de saúde envolvendo este assunto que é preciso maior envolvimento das autoridades para que osa números estatísticos do suicído diminua de forma efetiva. 
Na palestra, estiveram presentes representantes de diversos batalhões militares de Porto Alegre e região metropolitana, além de profissionais da saúde e sociedade em geral.

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