A diretora substituta do Departamento de Atenção Hospitalar e Urgência, Inez Gadelha, explica que o conteúdo foi elaborado para informar a população com mais facilidade. “A cartilha faz parte de um contexto maior de ações que o Ministério da Saúde e o Governo Federal estão tomando para o enfrentamento da infecção por esse vírus e da microcefalia. Como desenvolvemos protocolos para os profissionais de saúde, achamos que precisávamos desenvolver um material de distribuição geral que trouxesse um resumo de todas aquelas ações de forma simples para o entendimento de todos”.
A cartilha traz informações segmentadas, destinadas a diversos públicos: população em geral, mulheres em idade fértil, gestantes, recém-nascidos e recém-nascidos com microcefalia.
Alguns cuidados valem para todos os grupos. São eles:
” Utilizar telas em janelas e portas e uso contínuo de roupas compridas ” calças e blusas.
” Nas áreas do corpo expostas, aplicar repelente.
” Ficar, preferencialmente, em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.
” Observar o aparecimento de sinais e sintomas de infecção por vírus zika (manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados e febre).
” Buscar um serviço de saúde para atendimento, caso necessário.
” Para febre e dor, usar acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona.
” Não tomar qualquer outra medicação sem orientação médica.
O material ainda alerta sobre a importância de buscar os veículos oficiais para obter informações adequadas. “Sabemos que em um momento como esse, circulam muitas informações”, completa Inez. A diretora ressalta que estas ações são preventivas, mas não se deve descuidar da eliminação dos criadouros do mosquito aedes aegypti, transmissor da zika, dengue e chikungunya. “Não adianta apenas passar o repelente, o mais importante é não deixar o mosquito nascer”.
A cartilha está disponível de forma digital no site do Ministério da Saúde e, em breve, estará disponível na versão impressa em todo o Brasil.
Aedes aegypti – O ciclo de reprodução do mosquito, do ovo à forma adulta, pode levar de 5 a 10 dias. Por isso é preciso estar sempre atento. Um balde esquecido no quintal ou um pratinho de planta na varanda do apartamento, após uma chuva, podem facilmente se tornar um foco do mosquito e afetar toda a vizinhança. É importante verificar se a caixa d”água está vedada, a calha totalmente limpa, pneus sem água e em lugares cobertos, garrafas e baldes vazios e com a boca virada para baixo, entre outras pequenas ações que podem evitar o nascimento do mosquito.
Os ovos do mosquito podem ficar aderidos às laterais internas e externas dos recipientes por até um ano sem água. Se durante este período os ovos entrarem em contato com água, o ciclo evolutivo recomeça e, consequentemente a transmissão. Por isso, é necessário lavar os recipientes com água e sabão, utilizando uma bucha. Não importa se você mora em casa ou apartamento, o mosquito Aedes aegypti pode encontrar um recipiente com água parada para depositar os ovos e se reproduzir.