Ciclo de Palestras AMRIGS mostra que hanseníase tem cura e é tratável

Evento virtual, promovido pela AMRIGS contou com a participação de dermatologistas para debater a importância de falar sobre doença para a população

O último dia do mês de janeiro é mundialmente destinado para falar sobre hanseníase. A data tem por objetivo combater a doença por meio da informação. O assunto foi tema da primeira edição de 2021 do Ciclo de Palestras da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS). O evento, organizado em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS, foi mediado pela Secretária Científica da SBD-RS, Francine Batista Costa.

Palestrante da noite, a médica dermatologista especialista em Hansenologia pela Sociedade Brasileira de Hansenologia, Dra. Letícia Eidt, esclareceu que a hanseníase é uma doença sistêmica infecto-contagiosa que tem cura. A enfermidade afeta, principalmente, a pele e o sistema nervoso.

“A hanseníase é tratável e possui cura sim. Porém, se a doença progride e acomete os troncos periféricos, pode afetar a motricidade e gerar danos neurológicos que acometem as capacidades físicas”, afirmou a médica.

Segundo Letícia, o diagnóstico precoce da doença é fundamental para evitar a evolução do quadro clínico. Conforme a profissional, apenas 10% da população mundial não possui anticorpos genéticos contra a enfermidade e o principal sintoma é a alteração na sensibilidade da pele, como perda das sensações de calor, frio e dor.

O chefe do Serviço de Dermatologia da Santa Casa de Porto Alegre, Dr Renan Bonamigo também participou do evento. Para o médico, o tratamento para a hanseníase vai além do uso de medicações.

“É importante falar sobre a doença e romper o preconceito do paciente. Esse processo é fundamental para garantir a adesão ao tratamento”, disse.

O presidente da AMRIGS, Dr. Gerson Junqueira Jr. também esteve presente na reunião online e agradeceu a parceria com a SBD-RS para a realização da palestra. Dr. Gerson reforçou, ainda, a importância de disseminar o conhecimento sobre a hanseníase para a população.

Fonte: Bruna Fonseca
Foto: Reprodução de imagem