O alimento é um importante aliado no combate a obesidade
2016 foi declarado na 68ª Assembleia-Geral das Nações Unidas como o ano Internacional das Leguminosas no mundo. “A decisão contribui para o incentivo ao consumo desses alimentos e reforça a importância das leguminosas para além dos benefícios nutricionais, mas também como parte da produção sustentável de alimentos”, explica Bruna Pitasi, analista de políticas sociais do Ministério da Saúde.
O consumo de leguminosas, assim como de outros alimentos in natura, tem como consequência natural o estímulo da agricultura familiar e da economia local, favorecendo formas solidárias de viver, produzir e contribuindo para promover a biodiversidade e para reduzir o impacto ambiental da produção e distribuição dos alimentos.
As leguminosas devem fazer parte das refeições dos brasileiros, segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira. A estratégia faz parte das ações do governo para a promoção da saúde e da segurança alimentar e nutricional. Traz orientações simples que visam apoiar e a alimentação saudável no âmbito individual e coletivo. O Guia Alimentar foi desenvolvido para ser facilmente interpretado por brasileiros em qualquer região do país.
Leguminosas são grãos secos para consumo tais como lentilha, feijão, ervilha e grão de bico, constituem uma fonte vital de proteínas de origem vegetal e o Brasil possui uma vasta diversidade desse alimento. Já legumes e verduras fazem parte do grupo das hortaliças e incluem uma diversidade de alimentos como: abóbora, abobrinha, acelga, agrião, alface, almeirão, berinjela, beterraba, brócolis, cebola, cenoura, chicória, chuchu, couve, espinafre, gueroba, jiló, repolho, tomate, entre outras. São excelentes fontes de várias vitaminas e mineirais e muito importantes para prevenção de deficiências de micronutrientes.
O feijão é uma das figuras mais populares entre as leguminosas. Pode ser preto, branco, mulatinho, carioca, fradinho, feijão, fava, feijão-de-corda, entre muitos outros. No país, o consumo de feijões é uma prática alimentar tradicional. A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008-2009) mostra que alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias feitas com esses alimentos ainda correspondem, em termos do total de calorias consumidas, a quase dois terços da alimentação dos brasileiros e o arroz e feijão correspondem a quase um quarto da alimentação.
Porém, pesquisas tem demonstrado um aumento do consumo de alimentos ultraprocessados em comparação ao consumo de alimentos in natura, dentre eles as leguminosas. Por isso, é fundamental valorizar e resgatar essa importante prática alimentar e cultural, incentivando o consumo desses alimentos os típicos da nossa culinária.
Tanto as leguminosas quanto as hortaliças, compõem esses dois grupos de alimentos muito saudáveis que devem continuar cada vez mais presentes na mesa dos brasileiros.