Danos pós-COVID incluem anormalidades no funcionamento de coração e rins

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Danos pós-COVID incluem anormalidades no funcionamento de coração e rins

Debate na Caravana Digital AMRIGS analisou impactos em pacientes, trazendo uma visão multidisciplinar com participação de especialistas nas áreas de cardiologia, nefrologia e angiologia e cirurgia vascular

A gravidade dos danos pós-COVID e a necessidade de mais estudos sobre os impactos que a doença traz foram preocupações constantes trazidas pelos médicos participantes do evento. A iniciativa da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) trouxe uma visão ampla sobre os impactos da COVID-19 nos pacientes após a contaminação. O tema “Consequências Cardiovasculares e Renais após COVID-19” foi trazido na edição da Caravana Digital AMRIGS realizada de forma online na noite desta terça-feira (27/04).

Na abertura do encontro, o diretor Científico e Cultural da AMRIGS, Guilherme Napp, saudou os presentes destacando a elevada qualidade dos palestrantes. O presidente da Associação Médica de Canoas (SOMÉDICA), Luciano Zuffo, elogiou a iniciativa da AMRIGS ao oportunizar espaço para as seccionais debater assuntos de tamanha relevância. Já o presidente da Sociedade de Medicina de Novo Hamburgo, Andres Kieling, lembrou o momento difícil que é vivido por toda comunidade científica e pela sociedade, destacando que muitos dados da COVID-19 poderão ser melhores explicados apenas daqui a alguns anos. A representante da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Cachoeira do Sul, Juliana Oliveira, também destacou que a fase aguda do coronavírus ainda tem muito a ensinar e o pós-COVID é um desafio gigante para todos os médicos. A presidente do Departamento Universitário da AMRIGS, Amanda Ribeiro, também se manifestou salientando a importância de debater o tema.

A primeira abordagem foi direcionada aos problemas cardiológicos, com a palestra do médico cardiologista, Paulo Behr, da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Em sua apresentação lembrou a prevalência de comorbidades cardiovasculares. O palestrante mostrou que um terço dos pacientes (36%) apresentam troponina elevada, o que pode estar relacionado com aumento da mortalidade.

“É importante lembrar que esta situação está associada ao aumento da mortalidade. A infecção grave por coronavírus está associada, também, a aritmias cardíacas que podem se apresentar de diversas formas tanto durante a fase aguda, como após. Há relevância, ainda, de casos que acontecem secundariamente ao uso de corticoides”, explicou.

O médico cirurgião vascular Luciano Strelow, da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, destacou complicações comuns que ocorrem.

“Iremos nos deparar com uma grande variedade de complicações pós-COVID. Por isso, é importante estarmos atentos a tudo que acontece no paciente e sabemos que o processo inflamatório é intenso, podendo acometer artérias e veias”, explicou.

A palestra seguinte trouxe a temática dos danos nos rins. Segundo o palestrante, Fernando Thomé, médico do Serviço de Nefrologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e professor adjunto do Departamento de Medicina Interna da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, os efeitos agudos da COVID-19 sobre o rim incluem glomérulos, túbulos, distúrbios eletrolíticos e injúria renal.

O evento foi realizado em parceria com a Associação Médica de Canoas, Seccional da Encosta da Serra (Taquari), Sociedade de Medicina e Cirurgia de Cachoeira do Sul, Associação Médica de São Leopoldo e Sociedade de Medicina de Novo Hamburgo.

Fonte: Marcelo Matusiak
Fotos: Reprodução de imagem

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