Encontro debate medidas para assegurar energia elétrica nos hospitais de Porto Alegre

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Encontro debate medidas para assegurar energia elétrica nos hospitais de Porto Alegre

Representantes de hospitais associados ao Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (SINDIHOSPA) participaram, na quarta-feira (17), de reunião com o secretário estadual de Minas e Energia, Lucas Redecker, o secretário estadual da Saúde, João Gabardo, e representantes da CEEE.
O encontro buscou alternativas para garantir a manutenção do fornecimento de energia elétrica nas instituições em caso de eventos climáticos, como o temporal que atingiu Porto Alegre em 29 de janeiro, e também em dias com altas temperaturas no verão, obrigando os hospitais a utilizar geradores.  A rede hospitalar da cidade sofreu fortes impactos devido à queda de energia, falta de abastecimento de água e danos nas estruturas dos prédios.
“Foi um temporal atípico, que demonstrou as dificuldades do nosso sistema. Temos de achar soluções mais rápidas e práticas para os trabalhos, de maneira preventiva”, disse o secretário Lucas Redecker.
Ficou definido que equipes técnicas da CEEE avaliarão a rede de fornecimento de energia dos hospitais de Porto Alegre, com objetivo de implementar ações imediatas, como podas, substituição de equipamentos e manutenção das redes. A iniciativa busca recuperar e recompor eventuais danos causados pelos ventos e garantir mais segurança e confiabilidade aos sistemas.
“Essas medidas são importantes para assegurar o fornecimento de energia aos hospitais, especialmente para urgências e emergências, que, em casos de eventos climáticos, devem acolher e atender possíveis vítimas”, afirmou João Gabardo.
Os hospitais passam a contar também com um canal de comunicação direto com o gabinete de crise da CEEE, que pode ser acionado em situações semelhantes à ocorrida no final de janeiro. Será iniciado ainda um estudo para implantação de redes ecológicas nos hospitais da Capital.
Redecker destacou que essa é uma alternativa economicamente viável, diferente da rede subterrânea, que apresenta alto custo de implantação. O secretário apontou que a tecnologia é mais adequada em locais que possuem grande arborização e tem sido uma estratégia adotada pela CEEE para reduzir interrupções de energia elétrica.
As redes compactas e ecológicas utilizam cabo protegido com capa especial, que minimiza os efeitos do contato de galhos de árvores com a rede elétrica. O secretário de Minas e Energia adiantou que, até o final de 2016, estarão concluídas uma série de obras de ampliação e de implantação de novas subestações ligadas ao abastecimento da rede hospitalar em Porto Alegre.
O diretor executivo SINDIHOSPA, Tibiriçá Rodrigues, avaliou a reunião como importante, pois o “fornecimento de energia sem interrupções é essencial para a atividade dos hospitais”.

Participantes debatem ações para prevenir falta de energia em hospitais. Foto: Angela Fernandes/SES



Hospitais apresentaram impactos sofridos com o temporal
O representante da Diretoria do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Alex Santos, e o engenheiro eletricista Cláudio Campello relataram que o Hospital Fêmina foi o mais atingido, ficando 13 horas sem energia. Para eles, o cabeamento subterrâneo, que já existe na Ramiro Barcelos, deve ser ampliado até o Hospital Fêmina. O Hospital Cristo Redentor e a UPA da Zona Norte sofrem com os constantes picos de energia, pois são a ponta das redes que abastecem a Zona Norte.
 
O supervisor de Manutenção do Hospital Divina Providência, Daniel Rodrigues, e o engenheiro Amilton Renato Aguiar informaram que a instituição sofre com falta de energia em dias de muito calor. Também questionaram sobre a segurança das manobras realizadas na rede, que podem danificar equipamentos e prejudicar o atendimento.
O gerente de Infraestrutura do Hospital Mãe de Deus, João Marasquim, e o superintendente de Infraestrutura e Gestão, Marcelo Sonnenborn, destacaram os problemas enfrentados com a falta de água, que está atrelada à de energia. Eles ressaltaram a importância de solucionar a chegada de energia aos hospitais de forma mais segura.
O gerente de Infraestrutura do Hospital Moinhos de Vento, o engenheiro Carlos Marczyk, sugeriu a abertura de um canal institucional com a CEEE para contato direto com os hospitais em casos de eventos extremos de falta de energia. Mohamed Parrini, superintendente de Operações e Finanças, reforçou a necessidade de poda e manutenção da rede nos fluxos que passam pelos hospitais. 
Também participaram da reunião o secretário adjunto de Minas e Energia, Artur Lemos; o diretor de administração da CEEE, Leonardo Hoff; o engenheiro da CEEE Gustavo Arend; o representante da Direção do Hospital São Lucas da PUC, Rogério Cafruni; e o engenheiro do Hospital Ernesto Dornelles Flávio Zamboni.

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