Entidades médicas fazem balanço do primeiro dia de paralisação

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Entidades médicas fazem balanço do primeiro dia de paralisação

A Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), o Conselho Regional de Medicina (CREMERS) e o Sindicato Médico (SIMERS) realizaram uma coletiva de imprensa na tarde de terça-feira, 30 de julho, na sede do Sindicato, para divulgar dados referentes à paralisação e dar outras informações aos mais de uma dúzia de jornalistas presentes.

De acordo com as instituições médicas, 100% dos médicos aderiram à paralisação, apenas no primeiro dia, atendendo a orientação de manter os serviços de urgência e emergência e 50% dos serviços de saúde. Houve reagendamento  de consultas e a partir de quinta-feira, 1º de agosto, os serviços devem ser regularizados.

Segundo levantamento realizado, nesta terça-feira (30), emergências de PAs e hospitais tiveram baixo fluxo de pacientes, chegando a menos da média diária e ninguém perdeu consultas ou foi prejudicado. De acordo com eles, só na Capital gaúcha, há mais médicos do que toda a Inglaterra e o objetivo da campanha é sensibilizar e mostrar à população que, os problemas que a saúde pública vem enfrentando, é  falta de infraestrutura nos postos e hospitais e não a falta de médicos. A Faculdade de Medicina da UFRGS decidiu não aderir ao “Programa Mais Médicos” anunciado pelo Governo Federal, discordando das medidas impostas sem consulta prévia.

Respondendo as perguntas dos jornalistas das principais emissoras de televisão, rádio e jornais do Estado, estavam na mesa o Dr. Jorge Utaliz, diretor da AMRIGS; Dr. Paulo de Argollo, presidente do SIMERS; o Dr. Rogério Aguiar, presidente do CREMERS; o Dr. José Camargo, presidente da Academia de Medicina do RS; o Dr. João Carlos Brenol, decano e diretor da UFRGS; o Dr. Pablo Vaz, presidente da AMERERS; e Willian Adami, presidente do Núcleo Acadêmico do SIMERS.

A Luta

A paralisação de dois dias faz parte do calendário de ações da categoria que é contra a importação de médicos do exterior sem a revalidação do diploma, os vetos presidenciais na Lei do Ato Médico, as mudanças no currículo do curso de medicina e as precárias condições de trabalho.

O Movimento

Diversos hospitais da Região Metropolitana de Porto Alegre aderiram à paralisação. Nos postos de saúde, apenas as pacientes previamente agendados foram atendidos. Nos mais de 100 postos de Estratégia Saúde da Família tiveram apenas 50% do efetivo atendendo. No interior, pelo menos 22 cidades também tiveram ações de apoio semelhantes e paralisaram as operações médicas. No Brasil, 22 unidades federativas aderiram ao movimento e outras estudam apoio.

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