Especial Prefeituras | Como Canoas enfrenta a situação da saúde em meio à pandemia

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Especial Prefeituras | Como Canoas enfrenta a situação da saúde em meio à pandemia

Conforme Jairo Jorge, o projeto de recuperação da saúde pretende implementar mutirões de exames de consultas e cirurgias

O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, comenta que este é o pior momento da pandemia e o mês de março foi desafiador. Segundo ele, o projeto de recuperação da saúde pretende criar mutirões de exames de consultas e cirurgias, além de contemplar uma fila de espera de 2.700 pessoas para dermatologia, 6 mil pessoas para cardiologia, 2 mil para cirurgia vascular, 2.600 para urologia e de 1.700 para neurologia.

1. Quais os maiores desafios na área da saúde e que projetos pretende colocar em prática na condução de seu governo?

Nosso maior desafio é, sem dúvida, a pandemia no seu momento mais grave e mais agudo. Se olharmos neste último ano, este é o pior momento e o mês de março nos desafiou. Procuramos recuperar a estrutura da cidade e triplicamos o número de leitos de UTI passando de 43 leitos e chegando até 137 leitos. Tínhamos, ainda, apenas 70 leitos de enfermaria e chegamos a 270 leitos. Fizemos um grande esforço para adotar os nossos hospitais de estrutura e investir na recuperação, mas também criarmos uma UPA 24 horas, que é não COVID, e tornar as nossas duas UPAs com atendimento integral para COVID.

2. A pandemia da COVID-19 é o maior desafio na atualidade. Que ações serão adotadas no município?

Fizemos o plantão COVID aos finais de semana em quatro unidades básicas, descentralizando o serviço. Estamos fazendo testagem em massa, totalizando mais de 70 mil testes nos últimos três meses, com 124 mil pessoas testadas na cidade e estamos trabalhando a vacinação com 14% da população já vacinada.

3. Canoas apresentou uma degradação da saúde nos últimos anos, com escândalos na área da saúde o reflexo disso. Hoje os 3 hospitais da cidade estão em intervenção da prefeitura. Sabemos que essa realidade pode trazer sérios problemas a longo prazo, visto que todos os pacientes que possuem convênio perdem a referência para atendimento na cidade. Essa perda de referência, além de trazer uma migração de pacientes para outras cidades, diminuiu o ganho dos profissionais além de tirar recursos do município. Como o senhor tratará este assunto e como o senhor pensa a saúde de Canoas, visto que hoje é também papel do executivo ter uma estratégia para a saúde suplementar além do SUS?

Nosso desafio na saúde é imenso, já fomos uma referência na área e perdemos o protagonismo, então, é preciso colocar a casa em ordem. Tenho um projeto de recuperação do passivo que foi deixado, por exemplo, de 20 mil ecografias que não foram feitas, 4 mil mamografias, 1.300 exames radiológicos, 437 tomografias, 420 ressonâncias. Quanto às consultas com especialistas, existe uma fila de espera de 2.700 pessoas para dermatologia, de 6 mil pessoas para cardiologia, de 2 mil para cirurgia vascular, 2.600 para urologia e de 1.700 para neurologia. Temos que enfrentar este passivo com mutirões de exames de consultas e de cirurgias para que possamos colocar a casa em ordem. Para isso, é fundamental recuperar a saúde, então, pretendemos colocar os hospitais em dia e queremos profissionalizar a gestão para que a gente possa atender o SUS, mas não com exclusividade. Lembrando que os nossos hospitais atendem 60% do SUS e, os outros 40%, é de medicina suplementar. Vamos colocar em dia e valorizar os profissionais médicos, porque eles é que fazem a diferença.

Redação: Fernanda Calegaro
Foto: Divulgação e AMRIGS

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