Especial Prefeituras | Pelotas no enfrentamento à pandemia da COVID-19

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Especial Prefeituras | Pelotas no enfrentamento à pandemia da COVID-19

Um dos objetivos da prefeitura é injetar mais recursos aos hospitais para diminuir as filas

Em paralelo às ações de combate à pandemia para oferecer os serviços à população e manter os hospitais com as suas equipes em condições, a prefeitura de Pelotas pretende retomar o projeto Saúde Ativa. Conforme explica a prefeita Paula Mascarenhas, o objetivo é injetar mais recursos e incentivos aos hospitais para diminuir as filas e dar atenção aos pacientes que tiveram seus tratamentos interrompidos.

1) Quais os maiores desafios na área da saúde e que projetos pretende colocar em prática na condução de seu governo?

Os maiores desafios, neste momento em que a pandemia está em um alto patamar de contágio, hospitalizações e óbitos, é oferecer todos os serviços à população, com a retaguarda hospitalar e manter os hospitais com as suas equipes em condições de fazerem esses atendimentos, mantendo os serviços que foram criados, como o Centro COVID, e dar continuidade ao processo de imunização da forma mais eficiente, ágil e transparente possível. Outro desafio que existia antes da pandemia, é a questão da média complexidade, das filas para exames, consultas e procedimentos eletivos. Com a pandemia isso só vai se agravar, pois todos esses procedimentos ficaram suspensos por muito tempo. Nós tínhamos lançado, em fevereiro de 2020, o projeto Saúde Ativa, injetando mais recursos e incentivos aos hospitais para diminuirmos as filas, tanto de consultas quanto de exames e cirurgias em algumas áreas. Assim que nós vencermos a pandemia, vamos retomar com toda força o projeto Saúde Ativa.

2) A pandemia da COVID-19 é o maior desafio na atualidade. Que ações serão adotadas no município?

Temos várias ações que já foram adotadas, como por exemplo, a criação da Central de Teleconsulta; o Centro COVID – que é o nosso Centro de Atendimento a Síndromes Gripais; a repartição dos horários das Unidades Básicas de Saúde que passaram a atender exclusivamente sintomas gripais no turno da manhã, mantendo, no turno da tarde, a atualização das carteiras de vacinação e atendimentos de rotina; o zoneamento dos hospitais, no início da pandemia, para que pudéssemos ter unidades de referências para o tratamento de pacientes suspeitos ou confirmados com coronavírus; além da ampliação de leitos de UTI e enfermaria. Além disso, já aplicamos quase 40 mil doses de vacina contra a COVID-19, através de vários modelos – via sistema drive-thru, nas UBSs, nas escolas municipais dos bairros e vacinação domiciliar feita em acamados e seus cuidadores, com o objetivo de dar celeridade ao processo, atingir o maior número de pessoas e possibilitar o acesso de todo cidadão à vacina. Para o futuro, vamos ter que dar conta, através do Saúde Ativa, desses pacientes que tiveram os seus tratamentos interrompidos. Também será preciso retomar a saúde financeira de todo sistema qualificar cada vez mais as nossas Unidades Básicas de Saúde para que possam dar um tratamento mais completo possível para o cidadão. Além disso, temos as ações na assistência social, que também se expandiram muito com o empobrecimento da população. Na área do desenvolvimento econômico, com o programa Retomada Pelotas e o Bairro Empreendedor, pretendemos levar para a população mais vulnerável, incentivos para que possam empreender, para que tenham qualificação profissional e acesso ao microcrédito com juro baixo, e fazer essa retomada da economia de uma forma muito mais ampla, com uma interface com possíveis financiadores, mas também olhando para empreendedores individuais.

3) Em março de 2020, o município criou um Comitê de Enfrentamento a COVID-19, formado por integrantes da sociedade civil organizada e uma Comissão Técnica – composta por profissionais da área de saúde. Entre erros e acertos, qual a avaliação sobre o papel do Comitê na condução da pandemia?

Nós tivemos muitos embates no Comitê de Enfrentamento à Pandemia, justamente porque tomamos a decisão de trazer não só o embasamento técnico de epidemiologistas, infectologistas, médicos da linha de frente, universidades, pesquisadores, mas também representantes da área empresarial, sobretudo, do comércio, da indústria, de pessoas que estão vivendo a realidade, além das equipes de fiscalização, da segurança, alguns secretários municipais e instituições. Ocorreram muitos embates, que foi um pouco a tônica do enfrentamento da pandemia no Brasil, algumas questões ideológicas, embates sobre formas de tratamento, e isso se refletiu também no nosso Comitê. Mas reconhecemos que ele teve um papel importante na possibilidade de vermos os problemas por ângulos plurais. Então, foi muito importante ter formado o Comitê e acho que ele contribui para o enfrentamento da pandemia junto com tantos outros elementos e parcerias que desenvolvemos ao longo desse tempo.

Fonte: Fernanda Calegaro
Foto: Gustavo Vara e NCM AMRIGS

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