Exemplo de superação e amor pela vida, Mônica Santos competiu na esgrima nesta quarta-feira

Desde o início da semana o Brasil está competindo na esgrima em cadeira de rodas. Mas nesta quarta-feira (14) foi a vez da única representante mulher da equipe brasileira desta modalidade nas paralimpíadas Rio 2016 entrar em cena. Mônica Santos conseguiu a vaga depois de conquistar no ano passado o bicampeonato das Américas, em Montreal, no Canadá.

Foto: Rodrigo Nunes/MS

A história da atleta emociona não só na superação dentro do esporte, mas também na vida pessoal. Em 2002 , Mônica foi diagnosticada com uma doença rara chamada angioma espinhal. Na mesma época, descobriu que estava grávida. Para que a doença não comprometesse os movimentos dos braços e pernas, era preciso interromper a gestação e operar. Mas ela se recusou e optou pela cirurgia apenas depois do nascimento da filha. Com o tardar da operação, o movimento das pernas se perdeu e Mônica ficou paraplégica.

“O esporte ajudou bastante na minha saúde para ter mais folego, resistência, e habilidade até mesmo no dia a dia tocando a cadeira”, conta. Além disso, Mônica incentiva que as pessoas não desistam. “Para quem tem um sonho, acredite que ele pode virar realidade. Basta ter fé, acreditar e fazer com que ele aconteça”.

História da modalidade

A esgrima também é uma modalidade tradicional nas olimpíadas, e foi adaptada em 1953 por Ludwig Guttman, pai do movimento paralímpico, para atletas com deficiência locomotora. As pistas de competição medem 4m de comprimento por 1,5m de largura, e as cadeiras devem permanecer fixas ao chão.

Existem três tipos de duelos: florete (modalidade em que Mônica é campeã), espada e sabre. As categorias também variam entre classe 1A, 1B, 2, 3 e 4.

Aline Czezacki, para o Blog da Saúde. Com informações do portal oficial do Governo Federal das Paralimpíadas.

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