O governo do Estado, por intermédio da Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS), reuniu hoje (14/9) representantes de hospitais da rede gaúcha para avaliar e planejar as etapas do processo de implementação do Sistema Informatizado de Regulação do Rio Grande do Sul e o plano de implantação de seis Organizações de Procura de Órgãos e de Tecidos (OPOs). O encontro é realizado no auditório do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Borges de Medeiros, 1501), em Porto Alegre, e prossegue até as 18 horas.
Conforme o coordenador da Central de Transplantes, Eduardo Elsade, o encontro foi organizado para que a SES/RS fizesse uma prestação de contas do que já foi feito na área e apresentar projetos para os próximos meses. A diretora do Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial (DAHA), Aglaé Regina da Silva, reconhece a preocupação pelas perdas na área de transplantes, mas que o Estado trabalha na reorganização e na transparência do processo.
– A SES/RS está envolvida nessa missão e queremos recuperar espaços, disse.
A coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, Rosana Reis Nothen, apresentou o Modelo Brasileiro para Doação de Órgãos e Tecidos. Disse que o Ministério da Saúde reconhece a importância do Estado pelo seu pioneirismo e capacidade na área. Lembrou que entre as premissas da lei do transplante está garantir a igualdade de acesso, o cumprimento dos preceitos legais, e a avaliação e controle dos resultados – este “talvez o ponto mais fraco do sistema”. Entre os aspectos a considerar, reconheceu a extrema heterogeneidade dos estabelecimentos de saúde, no Brasil, quanto a sua natureza, vocação e capacidade de gestão e a necessidade de classificação dos hospitais por critérios objetivos que permitam auditorias. Reconheceu ainda que o financiamento na área da saúde é baixo em relação a outros países da América Latina.
Está prevista a implantação de seis OPOs no Estado – em Canoas, Passo Fundo, Rio Grande, Lajeado e duas em Porto Alegre. As OPOS são equipes médicas responsáveis pela vigilância dos casos de morte encefálica nas UTIs dos hospitais. A escolha das sedes considerou a distribuição geográfica e o número de internações em UTI e buscou abranger as maiores macrorregiões do Estado.
Presente em 70 hospitais sob gestão estadual, o Sistema Informatizado de Regulação permite o controle e agendamento de consultas e cirurgias, possibilita o acompanhamento em tempo real dos pacientes internados nas UTIs e controla as contratualizações com os hospitais, apresentando em tempo real seu histórico de produção.
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