Tema foi um dos destaques na noite do Ciclo de Palestras AMRIGS dedicado ao Outubro Rosa
Desde o diagnóstico, passando pelo tratamento e pela superação, o câncer de mama é desafiador para as mulheres. Durante a edição voltada ao Outubro Rosa do Ciclo de Palestras AMRIGS, realizada na noite desta terça-feira (06/10), foi destacado o quanto é fortalecido o vínculo entre o paciente e a equipe médica durante todo o este processo. O evento teve participação gratuita e foi transmitido de forma online pela plataforma Sympla Streaming.
“Batalhamos muito por ensinar esses valores que são fundamentais. Somos médicos que nos colocamos no lugar do paciente. Trabalhamos com empatia”, afirmou a mastologista, chefe do Serviço de Mastologia do Hospital Moinhos de Vento, Porto Alegre – RS, Maira Caleffi.
Durante sua fala, Maira também comentou a atuação das entidades em que atua como voluntária: na Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) e no Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (IMAMA).
O câncer da mama no início e geralmente é assintomático, ou seja, a mulher não percebe nenhum sintoma ou sinal. Este tipo de câncer é normalmente descoberto em exames (mamografia, ultrassom ou ressonância magnética). Entre os sinais que podem ser observados estão: aparecimento de nódulo (caroço) no seio ou na axila. Também pode haver dor ou inversão do mamilo (volta-se para dentro da mama), presença de secreção pelo mamilo e inchaço irregular em parte da mama, que pode ficar quente e vermelha. O mastologista, presidente da Sociedade de Mastologia do RS, coordenador do Serviço de Mastologia do Mãe de Deus e preceptor da residência de Mastologia da Santa Casa de Porto Alegre, Leônidas Machado, ressaltou a importância do diagnóstico precoce.
“Não podemos esquecer o mote da campanha. Quanto antes fizermos o diagnóstico, melhor”, disse.
A programação também contou com a abordagem do médico mastologista, professor adjunto da Escola de Medicina da PUCRS e presidente da Comissão Nacional de Mastologia da Febrasgo, Felipe Zerwes.
Ao final, os participantes acompanharam com emoção o relato de Alice Bastos Neves, jornalista esportiva e apresentadora do Globo Esporte RS, que luta contra o câncer de mama. Em sua fala, a jornalista enalteceu a importância do acolhimento dos médicos
“Quando me refiro a acolhimento é o médico estar verdadeiramente ao lado do paciente. Ele não é apenas o detentor da informação. Vai muito além. Em meu tratamento, conversei com mais de um oncologista e, em uma das ocasiões, vi um dos médicos abraçado no meu pai. Eu não quero dizer que isso deva ser uma regra, mas ver aquele acolhimento para mim foi muito importante. Essa proximidade faz muita diferença”, contou.
A iniciativa da AMRIGS contou com apoio da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA), Grupo RBS, Instituto da Mama do RS (IMAMA), Sociedade Brasileira de Mastologia e Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul (SOGIRGS).
A orientação da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) é de realização anual da mamografia para mulheres a partir de 40 anos. Mulheres com histórico de câncer na família devem iniciar a realização do exame 10 anos antes da idade que a parente tinha ao detectar o tumor. Antes dessa idade, as mulheres devem solicitar ao ginecologista ou ao mastologista a realização do exame clínico das mamas, que é um exame de toque, e fazer exames complementares caso o médico os solicite. Um exemplo é a ultrassom, normalmente aplicado em mulheres mais jovens por terem as mamas mais densas.
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