Assembleias de médicos residentes em todo o País nesta quarta, dia 15, avaliarão a nova proposta de reajuste oferecida pelo governo federal. A categoria está paralisada desde 17 de agosto. Em encontros, em Brasília, na terça, dia 14, a direção da Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR) e a Comissão Nacional de Greve obtiveram compromisso dos ministros da Saúde, José Gomes Temporão, e o da Educação, Fernando Haddad, de correção de 22% na bolsa-auxílio, atualmente em R$ 1.916,45, e negociação das demais reivindicações em um grupo interministerial.
A reunião ocorreu no final do dia entre as entidades e Temporão e Haddad. No final da manhã, as tratativas ocorreram com áreas técnicas dos dois ministérios. Segundo o presidente da ANMR, Nivio Lemos Moreira Junior, houve avanço em relação à oferta inicial de 20% e a garantia dos dois ministros de buscar condições para implementar os demais itens da pauta, que abrangem correção anual da bolsa, 13ª, auxílio alimentação e moradia, seis meses de licença maternidade e insalubridade. O restante do reajuste reivindicado, inicialmente em 38,7%, também será negociado no grupo interministerial, que já foi criado.
Para Moreira, a proposta é avanço. “A negociação só foi possível graças à mobilização da categoria em todo o País”, creditou o dirigente. O presidente da ANMR esclarece ainda que as plenárias desta quarta devem discutir as vantagens do conjunto de medidas e votarão o retorno ou não às atividades de formação. No país, são 22 mil residentes que fazem especialização em 25 estados e no Distrito Federal.
