A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) divulgou, no dia 29 de outubro, a aprovação da proposta do programa de Mestrado Profissional em Saúde da Família (ProfSaúde). O mestrado foi proposto à CAPES pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), em articulação com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) e a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), contando com o apoio dos Ministérios da Saúde e da Educação. A elaboração da proposta contou com a participação de mais de 19 universidades e instituições de ensino e pesquisa de todas as regiões do país que executarão o mestrado e envolverão diversas outras na conformação de uma rede nacional de instituições compromissadas com a qualificação da formação docente.
O apoio do governo federal ao ProfSaúde faz parte da estratégia para qualificar a prática da docência e preceptoria, sobretudo, nos cursos de medicina em expansão ou abertos a partir da Lei do Mais Médicos. O mestrado profissional terá como foco o desenvolvimento do ensino na área da saúde, com temas relacionados à educação médica, medicina de família e comunidade e saúde coletiva, além de outros assuntos importantes para a formação na realidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se, portanto, da reafirmação do compromisso de garantir docentes e preceptores bem preparados para atuarem nos cursos de medicina, em especial os autorizados a partir da criação do Programa Mais Médicos no ano de 2013.
Para o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (SGTES/MS), Hêider Pinto, o mestrado surge da necessidade de mudar a formação em medicina para melhorar a qualidade do cuidado à população. “Um dos Eixos do Mais Médicos é a expansão de vagas de graduação e residência médica com qualidade, sendo que a qualificação dos profissionais responsáveis por formar os novos médicos é um aspecto estruturante desse processo. Mais do que médicos que dão aula, a formação médica no Brasil precisa de docentes com pós graduação em educação médica”, destaca Hêider, que lembra ainda que as primeiras ofertas do ProfSaúde serão para medicina, mas que progressivamente serão agregados docentes de outros cursos.
Foram aprovadas 200 vagas para a primeira turma, contando com a participação de 19instituições de ensino e pesquisa nesse primeiro momento. A perspectiva é que, à medida que o programa se fortaleça, o número de vagas e instituições participantes seja ampliado, de modo a contemplar mais regiões do país e um maior quantitativo de profissionais.
O lançamento do primeiro edital do ProfSaúde está previsto para o 1º semestre de 2016 e nele serão estabelecidos os detalhes do processo seletivo.