Agência da ONU disse que poucos governos fazem uso dessa medida apropriada para combater a demanda; doenças derivadas do tabaco matam 6 milhões de pessoas por ano
A Organização Mundial da Saúde, OMS, quer que os governos aumentem os impostos sobre os produtos derivados do tabaco.
O pedido consta do relatório sobre a Epidemia Global do Tabaco 2015, lançado esta terça-feira.
Forma Eficaz
A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, afirmou que “aumentar as taxas sobre o tabaco é uma das formas mais eficazes para se reduzir o consumo de produtos que matam e ainda gerando uma fonte de renda significativa”.
Chan quer que os governos analisem as evidências e não os argumentos da indústria do fumo, e adotem uma das melhores políticas disponíveis para a saúde.
O diretor do departamento de Doenças Crônicas da organização, Douglas Bettcher, afirmou que os altos impostos e preços.
Bettcher disse que esses são métodos comprovados para reduzir o consumo e fazer com que as pessoas deixem de fumar.
Segundo o relatório, o imposto sobre o tabaco pode servir como importante fonte de financiamento para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável pós-2015.
Ameaças
As doenças relacionadas ao fumo representam uma das maiores ameaças à saúde pública que o mundo enfrenta. Aproximadamente uma pessoa morre de doenças causadas pelo tabaco a cada seis segundos, o que equivale a 6 milhões por ano.
A OMS prevê que esse número suba para mais de 8 milhões até 2030, a menos que os governos adotem medidas fortes para controlar a epidemia.
O consumo dos produtos derivados do tabaco é um dos quatro principais fatores de risco por trás da epidemia global de doenças crônicas, que inclui câncer, doenças cardiovasculares e dos pulmões e diabetes.
Em 2012, essas doenças mataram 16 milhões de pessoas prematuramente, antes dos 70 anos, com mais de 80% dos óbitos registrados em países de média e baixa rendas.
O relatório mostra que apenas 33 países impõem impostos que chegam a 75% do preço do maço do cigarro, mas muitos outros aplicam taxas muito baixas ou não aplicam nenhum imposto especial.
Brasil
A Convenção Quadro da OMS sobre o Controle do Tabaco, Fctc, determina a implementação de seis medidas para reduzir o consumo, entre elas estão políticas de prevenção e para monitorar o uso dos produtos e proteger as pessoas da fumaça.
Além disso, os governos devem oferecer ajuda para quem quiser largar o vício, alertar a população sobre os perigos do tabaco, proibir comerciais e promoção de cigarros e aumentar os impostos.
Segundo a OMS, o Brasil é um dos países que implementou todas ou quase todas as medidas sugeridas pela Fctc, junto com o Irã, Madagascar, Nova Zelândia, Panamá, Turquia e Uruguai.
Leia Mais:
Ban pede ação para combater comércio ilegal de produtos de tabaco
OMS alerta que o tabaco pode causar 1 bilhão de mortes no século 21
Tratado global sobre controle do tabaco completa 10 anos com alguns avanços
Inscreva-se no formulário ao lado e receba novidades sobre eventos, notícias e muito mais!
Telefone: (51) 3014-2001
E-mail: amrigs@amrigs.org.br
Av. Ipiranga, 5311 - Porto Alegre/RS
CEP: 90610-001
©2024 - AMRIGS - Associação Médica do Rio Grande do Sul. Todos os direitos reservados.